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Artigos Sábado, 22 de Março de 2025, 07:22 - A | A

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Sábado, 22 de Março de 2025, 07h:22 - A | A

CLAUDIA CADORE

A romantização da mulher multitarefa: até quando ela precisa dar conta de tudo?

CLAUDIA CADORE

A imagem da mulher multitarefa tem sido, há anos, exaltada como símbolo de força e competência. Nos comerciais de TV, nas redes sociais e em diversas campanhas publicitárias, vemos representações da mulher que trabalha fora, cuida dos filhos, da casa, da saúde e ainda arranja tempo para sorrir. Mas o que parece um elogio esconde uma pressão silenciosa: a ideia de que a mulher precisa, obrigatoriamente, dar conta de tudo , e sozinha.

Esse discurso, romantizado e repetido à exaustão, transforma a sobrecarga feminina em virtude. A mulher que faz mil coisas ao mesmo tempo é chamada de “guerreira”, “heroína”, “exemplo a ser seguido”. E enquanto os aplausos vêm de todos os lados, falta apoio concreto: a responsabilidade pelo lar, pela criação dos filhos e até pelo bem-estar emocional da família ainda recai, majoritariamente, sobre os ombros femininos.

A sobrecarga não é apenas física. Ela atinge também o emocional. A cobrança constante para dar conta de tudo, sem falhar, gera culpa, ansiedade e exaustão. No ambiente profissional, muitas mulheres sentem que precisam provar duas vezes mais sua competência. Em casa, muitas vezes não contam com divisão justa de tarefas. E na vida pessoal, enfrentam julgamentos caso escolham priorizar sua carreira ou mesmo seu bem-estar.

Enquanto isso, o discurso social ainda trata a multifuncionalidade feminina como algo “natural”. Mas não é. É construído, estimulado e perpetuado culturalmente. E, por isso mesmo, pode e deve ser desconstruído.

Reconhecer a sobrecarga é o primeiro passo. O segundo é agir: discutir a divisão de tarefas dentro de casa, cobrar políticas públicas de apoio às mulheres, questionar padrões e dar espaço para que elas escolham, inclusive, escolher não fazer tudo.

Março, o mês da mulher, nos convida à reflexão: A mulher não precisa ser uma heroína o tempo todo. Ela precisa ser ouvida, respeitada e, principalmente, acolhida. Está na hora de trocar os 'parabéns' por ações concretas que promovam equilíbrio e igualdade."

(*) CLAUDIA CADORE é jornalista e advogada. Diretora no hnt.com.br

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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