“O homem só é homem quando vive o seu papel no mundo, fora disso é um animal como qualquer outro qualquer que se move pelo instinto
Quem não se lembra do saudoso e nobre Desembargador Luiz Carlos da Costa. As suas sentenças eram recheadas de poesia e estrofes de letras musicais.
Quantos de nós de priscas eras na arena da vida forense dava um sorriso aberto ao ler as suas sentenças, fossem as mesmas favoráveis ou não, sorriamos.
Mas, esse sorriso não estava só na leitura do verso ou da letra da música constante na sentença. Não.
Tinha o advogado, o cidadão, o contribuinte, convicção absoluta que o julgador se debruçou sobre o processo, leu e analisou os argumentos expendidos pelas partes, desenvolveu um raciocínio lógico sobre as disposições de lei trazidas a baila, interpretou e analisou aquilo que lhe foi trazido na busca da tutela jurisdicional do Estado, o entendimento doutrinário, jurisprudencial e usou da analogia.
Quantas saudades do nobre Magistrado. Como homo sapiens buscam a evolução. Hoje temos sentenças em que se percebe com solar claridade que ali foi de cabo a rabo utilizado a IA (inteligência artificial).
O trabalho feito na esfera jurídica usando o intelecto a muito se perdeu para o IA.
As palavras deixaram de ter sensibilidade humana. Perdeu a crença de que o ser-humano deve trabalhar para o bem estar da humanidade. Perdeu-se no tempo e no espaço o pronome “nós”, o “eu” é dominante.
A justiça é um número na produção.
O que importa, o que interesse é a quantidade… o bem-estar da sociedade, a paz social… bem… veremos depois.
(*) EDSON SILVA DE CAMARGO é advogado há 47 anos em Cuiabá.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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Barbara Alencar 20/03/2025
Reflexão importante e atual
Renata 20/03/2025
Excelente artigo!!
Mariana Capistrano de Camargo 20/03/2025
Parabéns pelo artigo! Gostei muito e refletiu o que, penso eu, ser o pensamento de muitos advogados.
3 comentários