O vice-presidente da Câmara de Cuiabá, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), protocolou um projeto de lei que determina a leitura obrigatória da Bíblia em escolas municipais e particulares. Segundo o vereador, o uso do recurso seria uma forma de auxiliar no "regaste da família" e que participação dos alunos será "opcional". Em sua justificativa, Rodrigo Arruda afirma que o livro religioso escrito por homens de "muito valor" é uma fonte de "história, literatura, arqueologia e cultura".
"Sua leitura pode enriquecer o conhecimento dos nossos estudantes em diversas áreas, ajudando na formação integral de nossos jovens", falou Rodrigo Arruda.
Um post nas redes sociais do vereador divulgando a proposta acentua opinões divergentes sobre a matéria. Parte dos seguidores apoiam a causa, porém, um internauta citou o artigo 210 da Constituição Federal que estabelece o ensino religioso como disciplina facultativa nos horários normais das escolas e exclusivo a turmas do Ensino Fundamental.
"Dá uma olhada lá na Constituição Federal de 88 para o seu projeto não nascer morto de pleno direito. Por isso, que é bom todo parlamentar saber um pouco de Direito Constitucional ou mesmo ter um advogado constitucionalista por perto para não cometer essas aberrações jurídicas", rechaçou o homem.
Por sua vez, Rodrigo garante que a obrigatoriedade está restrita a questão do uso da Bíblia como recurso paradidático e não a participação dos alunos, interferindo em suas escolhas religiosas.
"E não se preocupem, a participação será totalmente opcional, respeitando a liberdade religiosa e filosófica de cada um", afirmou o vice-presidente da Câmara.
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