O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) disse que o partido recuou da incorporação ao PSD e caminha para uma federação com o Podemos. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, deu a notícia pessoalmente a Avallone durante almoço nesta semana em Brasília. O deputado, que também é presidente da sigla em Mato Grosso, era contrário a incorporação nos termos que estava sendo negociada pois acabaria com a estrutura do PSDB. Atualmente, o partido está federado ao Cidadania. O acordo termina em 2026, abrindo espaço para uma nova aliança. O Podemos foi a única sigla a consentir com a proposta.
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"Estou muito feliz. Tive uma conversa de três horas com o Marconi e ele me disse que realmente não era só eu que entendia que o PSDB não poderia acabar. Há um sentimento no país da importância do partido", falou Carlos Avallone à Rádio Cultura nesta sexta-feira (14).
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) é que estava à frente das conversações com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Uma possibilidade de fusão com o MDB é outra tratativa que Aécio ventilava. Conforme Avallone, caso a federação não seja fechada, o acordo com o MDB é mais bem visto do que a incorporação pois não implodiria o PSDB.
"O Marconi me disse que há um movimento muito grande de ex-governadores, muitas gente ligando e tomaram a decisão de que não iriam mais fazer a incorpração, o PSDB vai continuar. Estamos abertos, porque é necessário, mas à federação. A fusão (com o MDB) é possível também, mas a incorporação você vai e se entrega", pontuou.
De acordo com o deputado, o esvaziamento do novo partido, caso houvesse a incorporação com o PSD é o que gerou "medo". Quando um acordo dessa natureza é pactuado, os filiados com mandato podem trocar de partido. "Você recebe 13 e perde 15", exemplificou Avallone. Com um número pequeno de deputados federais e senadores, o PSDB não está disposto a perder, segundo deixou claro o deputado mato-grossense.
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