O ex-secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Gustavo Oliveira, tomou posse como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) na última semana. Na ocasião, ele comentou sobre a possível taxação do agronegócio no estado e disse que a medida pode ser perigosa.
Gustavo Oliveira destacou que o agronegócio é responsável por uma grande parcela da economia de Mato Grosso. O novo presidente da Fiemt, no entanto, explicou que uma possível taxação do setor pode resultar na falta de competitividade das commodities em relação ao mercado externo. Ele ainda criticou o modelo tributário brasileiro.
“O sistema tributário brasileiro foi construído de uma maneira muito complexa e hoje é uma verdadeira colcha de retalhos. Há quem chame o país de manicômio tributário. Mexer só em um aspecto não resolve. Só onerar a exportação se corre o risco de não se exportar, pois ela não será competitiva”, afirma Oliveira.
Para o novo presidente da Fiemt, não basta apenas o Governo do Estado cobrar o agronegócio ou qualquer outro setor. Gustavo Oliveira apontou que é preciso que o Executivo invista em melhorias em diversos setores, para garantir que os impostos retornem em uma competitividade maior para os empresários.
“Se for alterar questões tributárias, principalmente as relacionadas a exportação, é preciso garantir que o empresário tenha esse imposto de volta em termos de melhoria de competitividade, como melhor infraestrutura, desoneração do investimento no país. É isso que precisamos tratar. Não somos contra nenhuma proposta de ajuste, mas elas precisam ser bem calculadas. Qualquer mudança tem um grande impacto geral”, comentou.
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