Presidente da AMM é afastado da prefeitura junto com secretário

Chiquinho do Posto, como é conhecido, fez pouco caso do Ministério Público e agora está fora da Prefeitura de Juscimeira

PABLO RODRIGO

O prefeito de Juscimeira e que também é presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Valdecir Luiz Colle, o Chiquinho do Posto (PSD), foi afastado pela Justiça estadual, das funções públicas no município por inúmeras irregularidades no setor da saúde. Entre elas, cobrança de exames na saúde pública e não dar seguimento das orientações feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE). A decisão é do juiz José Eduardo Mariano, que também afastou o secretário municipal de Saúde, José Odete Freitas. Colle teve a candidatura à presidência da AMM bancada pelo deputado José Riva, candidato ao governo.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Chiquinho do Posto, do PSD, teve como principal apoiador para ganhar a presidência da AMM o candidato ao governo José Riva (d)

“Tendo-se como verídicos os fatos relativos às constantes desobediências ao pleiteado pelo Ministério Público, administrativamente, bem como pelo mal preparo dos funcionários da Prefeitura Municipal, os atos omissivos e comissivos que afrontam a probidade administrativa, parece-me que o afastamento do Senhor Prefeito e do Senhor Secretário Municipal de Saúde é medida imperativa. Ora, nítida a conveniência de seus afastamentos porque os fatos aconteceram no âmbito geral da Prefeitura, na intimidade da Administração. Não foram fatos externos”, diz trecho da decisão.

O pedido foi feito pelo MPE que garante que as ações feitas pelos gestores são de improbidade administrativa. “os Requeridos sempre deixaram de tomar as providências urgentes, sem responder ofícios quando requisitadas medidas imprescindíveis pela Prefeitura, inclusive com plena dificuldade do Ministério Público em obter contato, via telefone”, diz trecho da denúncia, que também alega cobrança indevida dos usuários da saúde pública.

“Deflagrou o Ministério Público constantes práticas abusivas da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Saúde local, inclusive com a cobrança para realização de exames médicos, por exemplo, raio-X, o que dera causa à propositura de ação civil pública, ante os atos omissivos e comissivos”, diz outro parágrafo da denúncia.

O MPE ainda diz que só após 18 meses das providencias que exigiu do prefeito, é que ele respondeu e encaminhou algumas mudanças. Chiquinho do Posto chegou a reconhecer que o atual secretário, não entendia muito bem da área de saúde. “afirmou ao Ministério Público que o Secretário Municipal de Saúde “não entende muito” da área, mas seria bom para conseguir recursos à prefeitura, o que não vem ocorrendo; afirmou o requerido, também, em sede de campanha eleitoral em 2012, ante o clamor público, que caso eleito não iria nomear o Sr. José Ozete Freitas como Secretário Municipal de Saúde, o que não ocorreu”, diz outro trecho do documento.

A reportagem tentou entrar em contato com Chiquinho do Posto, mas ele não foi localizado e nem retornou as ligações para comentar a decisão da justiça.

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