O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que a venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao governo da Bahia "caiu do céu". A negociação foi intermediada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o contrato da venda por R$ 793,7 milhões será assinado na próxima semana. De acordo com Mauro, o recurso que entrar recompõe por inteiro o valor investido no modal, uma das promessas para a Copa do Mundo de 2014.
"A venda do VLT é um processo natural já que, há algumas temporadas, o governo decidiu, tomando as precauções necessárias, a troca de modal que foi aprovada pela Assembleia Legislativa, Consórcio das Prefeituras e foi questionado em várias instâncias. Ficar com aquilo apodrecendo e a cada ano perdendo valor seria algo extremamente ruim, devemos agradecer a oportunidade que caiu do céu", disparou o governador à imprensa nesta quinta-feira (20).
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Os R$ 793,7 milhões serão pagos pelo governo da Bahia em quatro parcelas anuais até 2027. A primeira será creditada nas contas do Paiguás até 31 de dezembro deste ano. Mauro explicou que o acordo é suficiente para custear todas as obras do Ônibus de trânsito rápido (BRT), cuja implantação avança em Cuiabá e está em fase final em Várzea Grande. O Sistema BRT foi orçado em R$ 468 milhões, sobrando R$ 325 milhões da venda do VLT, que serão utilizados para comprar parte dos ônibus e realizar outros investimentos.
"O dinheiro da venda entra na fonte 100, que retorna aos cofres públicos e vai ser suficiente para bancar as obras e equipamentos do BRT", afirmou Mauro.
BOCA DE SIRI
A negociação foi feita em sigilo. O governador explicou que a discrição foi necessária para não antecipar o processo ou prejudicar a barganha. Inicialmente, Mato Grosso pedia R$ 1,2 bilhão. O governo da Bahia sinalizou a disposição para pagar R$ 600 milhões. Mauro não aceitou e eles subiram para R$ 700 milhões, ao anunciar o início das obras do VLT em Salvador. Mas Mato Grosso recusou novamente e o acordo foi fechado em R$ 793,7 milhões.
"Não é sigilo. É e o correto a se fazer. Você não fica conversando pelos cotovelos o tempo todo antes que as coisas aconteçam. A legislação pública tem o dever de ser transparente, mas não posso a toda conversa que tenho vir e dar uma entrevista ou fazer um release. Transcorreu até o momento que foi aprovada. Foi aprovado e publicizamos como deve ser", justificou o governador.
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