O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou nesta quarta-feira (9) que, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida aplicar penas mais brandas aos réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, não haverá mais motivo para manter o debate sobre anistia aos envolvidos. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa no Hospital Central, em Cuiabá, durante apresentação da unidade a deputados e demais autoridades estaduais.
Questionado sobre a possibilidade de o STF revisar as condenações — algo que vem sendo cogitado pela imprensa nacional desde a última semana —, Mauro avaliou: “Se eles (STF) estão considerando reduzir as penas, talvez esse tema da anistia nem estivesse em pauta, nem por mim, nem pelo Congresso Nacional.”
Até o momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 1.682 pessoas pelos atos. Desse total, 251 respondem por crimes considerados graves, cujas penas variam de 3 a 17 anos e seis meses de prisão.
Embora tenha reiterado sua condenação aos ataques e invasões ocorridos em janeiro do ano passado, Mauro voltou a criticar o que considera desproporcionalidade nas sentenças. “Nunca concordei com invasão de propriedade pública ou privada. O que sempre questionei foi o tamanho das penas. Não é razoável. Eu nunca vi alguém ser condenado a 17 anos por algo assim”, declarou.
As declarações do governador ocorrem dias após sua participação nos dois mais recentes atos públicos liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro e em São Paulo. Bolsonaro também é réu no STF por suposta participação nos atos antidemocráticos.
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Mauro ainda argumentou o motivo de ter se aproximado do bolsonarismo, sendo um dos governadores a apoiar os atos pela anistia.
“Eu me sinto indignado com essa injustiça que alguns brasileiros estão sofrendo por terem feito algo errado, precisavam ser penalizados, mas não desse tamanho. Eu estou unido a esse movimento para dar a esses brasileiros um tratamento justo e adequado”, defendeu.
Assista a declaração do governador:
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