O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), acusou os vereadores da Capital de "tramarem" a Comissão Processante contra ele antes mesmo da decisão que o afastou do Alencastro vir à tona, no dia 4 de março. Segundo o prefeito, os parlamentares já tinham se reunido 10 dias antes para tratar da comissão que pode levar à cassação do prefeito.
Em entrevista à Rádio Cultura nesta quinta-feira (14), Pinheiro afirmou que o encontro se deu numa casa no centro de Cuiabá. Ele chamou a atenção para o fato de que, mesmo que o sigilo da decisão que determinou o afastamento só tenha sido derrubado por volta de 20h do dia 4 de março, pouco depois da zero hora do dia 5 do mesmo mês, o pedido de Comissão Processante já havia sido protocolado virtualmente na Câmara.
O conluio, segundo o prefeito, contou também com vereadores da situação que, conforme ele, no afã do período eleitoral, encamparam um requerimento "estritamente político".
Oficialmente, a Comissão Processante foi aberta no dia 12 de março, por maioria de votos na Câmara. Edna Sampaio (PT), Wilson Kero Kero (Podemos) e Rogério Varanda (MDB) foram sorteados para conduzir os trabalhos do grupo.
Apesar do prognóstico ruim para o prefeito, que foi afastado sob a acusação de liderar uma organização criminosa que esvaziou os cofres da Saúde de Cuiabá, Emanuel Pinheiro disse que ainda acredita que pode sair ''ileso" do processo e que pesa favoravelmente a ele decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou sua reintegração ao Alencastro.
"Esse processo todo veio pautado em uma decisão cassada e revogada em três dias. Uma decisão injusta que foi rapidamente reparada em Brasília, em apenas três dias. E, mesmo assim, os vereadores nesse ímpeto político, em virtude das eleições, buscaram essa tentativa de atacar o prefeito Emanuel Pinheiro e a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro. Mas, essa não é a primeira batalha, vamos enfrentar porque a verdade está do nosso lado", declarou.
Questionado sobre a possibilidade de recorrer judicialmente da abertura da comissão, Emanuel evitou ser categórico e disse apenas que o pedido de abertura está sendo analisado por advogados e procuradores municipais.
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