O deputado estadual Dr. João (MDB) repudiou a possibilidade de novas chapas surgirem para disputar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) caso prospere a ação da Procuradoria Geral da República (PGR) que pede a anulação da última eleição para diretoria da Casa. Depois de entraves entre outros deputados, Dr. João foi escolhido como primeiro secretário do Legislativo, segunda cadeira mais cobiçada da AL. À época, o nome foi escolhido consensualmente pois nenhum parlamentar apresentava resistência à candidatura, ao contrário do que acontecia com Janaína Riva (MDB) e Beto Dois a Um (UB) que brigavam pela vaga.
Embora não tivesse a pretensão de ser primeiro secretário, agora Dr. João avalia como 'trairagem' caso haja alguma alteração nos nomes que já foram eleitos. Ele defende que, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) anule a votação, a mesma chapa seja colocada para apreciação do plenário.
"Na minha concepção, a nossa ideia é tentar a mesma chapa. A nossa chapa foi eleita por unanimidade, tivemos o voto de todos os deputados aqui na Assembleia. Acho que não tem como, em um mês, alterar nomes. Nós temos uma chapa que foi muito bem formada, discutida, organizada, um consenso. Capitaneada por alguns deputados, principalmente o deputado Eduardo Botelho que foi considerado padrinho da nossa chapa. Já falei com o deputado Max, vamos colocar a chapa novamente, sem problema nenhum", falou.
O 'padrinho' da chapa, Eduardo Botelho, é um dos nomes que pode ameaçar o cargo conquistado por Dr. João. O atual presidente não pode se reeleger para o mesmo cargo, mas poderia pleitear a Primeira Secretaria, possibilidade que à princípio não estava no radar, já que Botelho se concentrava à época na candidatura à prefeitura de Cuiabá. O projeto era visto com bons olhos e todas as pesquisas apontavam para a vitória de Botelho na Capital, a surpresa foi quando ele não avançou nem para o segundo turno, fazendo com que seus olhos tivessem que se voltar novamente ao Legislativo.
Eduardo Botelho já comentou a ação da PGR e disse que ainda não trabalha com a possibilidade de anulação da eleição, mas deixou em aberto a hipótese de se candidatar à Primeira Secretaria caso a Procuradoria da Casa não consiga manter a votação.
"Eu acho que se acontecer uma situação dessas é uma extrema trairagem. A imagem da Assembleia vai ser muito arranhada porque foi feito uma coisa de consenso, com muitas reuniões, com muitas conversas e foi feita uma coisa de unanimidade. Acho que em um mês, se mudar só porque alguns deputados perderam a eleição, sendo que quando foi feito pensamos numa eleição da Mesa Diretora da Assembleia para 2025, na época ninguém questionou se o deputado a, b ou c ia ser eleito no município, a preocupação foi para Mesa Diretora da Assembleia", repudiou Dr. João.
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