Preso na manhã desta sexta-feira (20), o vereador Paulo Henrique (MDB), que teve sua candidatura à reeleição deferida pela Justiça Eleitoral, declarou não possuir nenhum bem em seu nome. As informações constam no site DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O vereador foi preso pela Polícia Federal, suspeito de envolvimento com um grupo criminoso que lavava dinheiro para o Comando Vermelho (CV) através de shows em casas noturnas.
Até o momento, ele arrecadou R$ 22.500 para sua campanha, sendo esse valor proveniente de sete doadores. O principal contribuinte, João Antônio Silva Neto, doou R$ 9 mil, representando 40% dos recursos, em 21 de agosto.
Paulo Henrique também declarou despesas contratadas até o momento no total de R$ 33.849,47, das quais R$ 18.849,47 já foram pagas.
A operação Pubblicare é um desdobramento da operação Ragnatela, deflagrada em junho de 2024, quando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MT) desmantelou um núcleo do Comando Vermelho (CV). Esse grupo teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá, então chamada Dallas Bar, por R$ 800 mil, pagos em espécie com dinheiro de atividades ilícitas. A partir dessa aquisição, os suspeitos passaram a promover shows de MCs renomados nacionalmente, financiados pela facção criminosa e seus promoters.
A Ficco identificou o envolvimento de agentes públicos que facilitavam a fiscalização e a concessão de licenças para os eventos, mesmo sem a documentação necessária. As investigações também apontam que um parlamentar atuava em benefício do grupo, intermediando negociações com os agentes públicos em troca de vantagens financeiras.
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