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Política Segunda-feira, 24 de Outubro de 2022, 14:27 - A | A

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Segunda-feira, 24 de Outubro de 2022, 14h:27 - A | A

CONFIANTES NA REELEIÇÃO

Abílio e Medeiros descartam impacto de atentado de Jefferson na campanha de Bolsonaro

Roberto Jefferson recebeu a Polícia Federal com armamento pesado. Agentes cumpriam mandado de prisão expedido pelo STF por descumprimento de cautelar

RAYNNA NICOLAS E RAFAEL COSTA
Da Redação

Eleitos com o maior número de votos pelo PL, os deputados federais José Medeiros e Abílio Júnior minimizaram o atentado cometido pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) neste domingo (23). Segundo Abílio, é natural que a esquerda tente capitalizar o episódio em benefício da campanha do ex-presidente Lula (PT). Já Medeiros reforçou a reprovação do grupo ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) às atitudes de Jefferson. 

"O Roberto Jefferson está todo errado, mas a Polícia Federal foi de uma capacidade técnica extraordinária. Eles poderiam tranquilamente, e estavam amparados para isso, ter abatido ele porque a partir do momento que você vai cumprir um mandado e é recebido à bala, você pode tranquilamente revidar, mas o preparo deles foi muito grande", disse. 

Os agentes foram recebidos com a explosão de granada e tiros de fuzil quando tentavam cumprir um mandado de prisão contra Roberto Jefferson, expedido pelo ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. O ex-deputado foi preso por descumprir cautelar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeo, Jefferson xingou a ministra do STF, Cármen Lúcia, pelo seu voto no julgamento que levou à proibição de que a Jovem Pan se pronunciasse sobre questões relativas ao ex-presidente Lula. 

Para Medeiros, a segunda-feira seria de conflagração no Brasil se os policiais federais não tivessem agido com cautela. Segundo ele, o traquejo dos agentes minimizou o acirramento político e o desgaste ao STF e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

"Se ele morresse lá, hoje ele seria um mártir. Todo errado do jeito que estava, ele seria um mártir. O STF estaria todo desgastado e o país, conflagrado. A PF, com aquela tranquilidade, sem querer dar uma de herói, evitou tudo isso. Mostra que quando homens públicos não estão buscando os flashes, apenas cumprem seu serviço, é tão bonito e tão extraordinário quanto um gol do Neymar, porque a maioria não percebeu a importância do que aqueles três fizeram para o país", declarou. 

Na mesma linha, Abílio Júnior também minimizou o impacto político do episódio. Segundo ele, o ataque de Roberto Jefferson à PF e à ministra Cármen Lúcia não deve interferir na eleição do próximo domingo.

"Não acredito que tenha alguma interferência na campanha à reeleição. O presidente Jair Bolsonaro já deu uma posição firme e pública contrária à conduta do Roberto Jefferson. É natural no contexto de disputa que o PT e o André Janones [deputado federal responsável pelas redes sociais da campanha de Lula] explorem esse tema. Mas, o eleitor é sábio e não se deixa levar", complementou Abílio. 

No Twitter, Medeiros ainda acrescentou que, apesar de reprováveis as declarações de Jefferson, elas são comparáveis aos ataques sofridos por Jair Bolsonaro nas últimas semanas, quando foi chamado de "pedófilo". 

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