Se existiu uma pessoa beneficiada pela “queda” do deputado estadual Eduardo Botelho (União) ainda no 1º turno, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, este foi o agora prefeito eleito, Abílio Brunini (PL). Além do apoio maciço do clã Bolsonaro, inclusive com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro em Cuiabá, Abílio também levou o centro, e seu principal representante em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União).
O 2º turno terminou com Abílio sendo escolhido por 53,80% dos eleitores. Foi uma vitória pessoal, mas também um resultado que demonstrou a força do governador e confirmou Mato Grosso como um reduto bolsonarista. Mendes, que é presidente do União Brasil em Mato Grosso, liberou os filiados a optarem sozinhos entre Lúdio (PT) e Abilio, no 2º turno.
Apesar do governador ser o fiel da balança, quem puxou a fila e começou a pesá-la em favor de Brunini foram o vereador reeleito por Cuiabá, Dilemário Alencar (União) e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União).
Ainda na segunda-feira (7 de outubro), após o pleito, Fábio não conseguia esconder a insatisfação com a derrota de Botelho. Na oportunidade ele firmou o apoio em Abílio por ter “mais coragem” para “consertar Cuiabá”. Mauro declarou apoio uma semana depois, após a visita do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), e pouco antes da chegada do ex-presidente Bolsonaro.
Ele destacou a confiança no amadurecimento pessoal de Abilio para encarar o desafio de ser prefeito e "consertar" Cuiabá. "Acabei uma reunião com o nosso candidato Abilio e depois de uma reflexão ao longo dessa semana, analisando as duas opções, eu resolvi primeiro, Abilio, votar em você e apoiar em segundo turno a sua eleição", afirmou à época.
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O posicionamento de Mauro foi seguido por outros membros da sigla, tais como o bolsonarista, deputado federal Coronel Assis. Naquela oportunidade, Bolsonaro e Zema vieram a Mato Grosso para impulsionar a campanha de Abilio. E o ex-presidente ainda foi o principal nome num palanque de peso de bolsonaristas que levou uma multidão a Acrimat.
O dispositivo contou ainda com lideranças da direita como o senador Wellington Fagundes (PL), sua suplente, Rosana Martinelli (PL), os deputados federais José Medeiros (PL), Coronel Fernanda (PL) e o próprio Coronel Assis, e o presidente da Câmara, o vereador Chico 2000 (PL). E ainda o deputado federal Marcel van Hattem (NOVO/RS).
Também apoiaram a chapa de Abílio, Reginaldo Teixeira (Novo), que viabilizou a projeção da Coronel Vânia (Novo) como candidata a vice-prefeita do bolsonarista, a prefeita e o vice eleitos em Várzea Grande, Flávia Moretti e Tião da Zaeli, o prefeito eleito de Rondonópolis, Claudio Ferreira e a vereadora eleita em Cuiabá com a maior votação das eleições 2024, Samantha Iris, sendo essa a esposa do Abilio, e todos estes do PL.
Abilio Brunini ainda conseguiu reunir em seu palanque outras bolsonaristas como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), e a ex-primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro (PL).
Abilio também pediu aos apoiadores para tratarem bem os adversários e afirmou que todos eram bem-vindos, deixando a porta aberta tanto para Eduardo Botelho (União Brasil) quanto Domingos Kennedy (MDB), seus adversários no primeiro turno e os correligionários deles.
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Porém, os dois permaneceram neutros na disputa, apesar do PDT, vice na chapa de Kenedy apoiar Lúdio, e o Republicanos, vice, na de Botelho, optarem por Abílio. Ao final da disputa em 2º turno, Abilio obteve 171.324 votos e venceu nas quatro zonas eleitorais da capital. Ele repetiu o resultado do 1º turno e se manteve à frente de Lúdio Cabral (PT). A diferença entre os candidatos foi de 24.197 votos, conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Além disso, a máxima de quem ajuda aganhar, ajuda a governar também se materializou nesse grupo formado por políticos de centro e bolsonaristas. Enquanto o governador parabenizou o prefeito eleito e ofereceu ajuda na reconstrução de Cuiabá. Bolsonaro e o presidente da Câmara Arthur Lira (PP) ligaram para Abílio e ofereceram ajuda na transição.
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