O prefeito eleito em Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que irá se afastar das articulações da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Reconhecendo que invadiu o espaço dos vereadores ao tentar viabilizar a construção de chapa da direita, formada apenas por mulheres, o futuro prefeito justificou, afirmando ter sido provocado a interferir quando recebeu denúncias que parlamentares ligados ao Comando Vermelho planejavam assumuir a presidência.
"Eu já entrei demais nesse assunto. Acho que vou me afastrar um pouco dessa discussão da Mesa Diretora. Reconheço que avancei demais. Não era minha intenção, mas fui provocado", falou Abilio nesta sexta-feira (8).
Ao apontar que vereadores da oposição ao seu governo estariam oferecendo R$ 200 mil por voto e que uma liderança do CV é quem financiaria o pagamento, o prefeito eleito passou a comparecer às sessões, alertando que os envolvidos seriam entregues ao Ministério Público (MP-MT).
De antemão, o governador Mauro Mendes (União Brasil) convocou uma reunião com o secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), César Roveri, com Abilio para tratar da situação. Brunini asseverou que não irá tolerar "faca no pescoço".
"Desde o primeiro momento disse que essa articulação dependia deles mesmo. Agora quando percebi ameaças ao processo, principalmente, prejudicar o poder Executivo, senti o dever de me defender também. Não vou querer uma Câmara com a faca no pescoço querendo me prejudicar na gestão", disparou.
Abilio acredita que ao tornar público os fatos está enfraquecendo a tentativa da facção de oficializar uma chapa. "Acredito que os vereadores estão se reorganizando e não vão deixar isso acontecer. Provavelmente, eles vão ter uma eleição mais voltada a um espaço republicano e correto", finalizou.
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