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Polícia Quarta-feira, 07 de Agosto de 2024, 14:32 - A | A

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Quarta-feira, 07 de Agosto de 2024, 14h:32 - A | A

MORTE CUSTOU R$ 4 MIL

Ex-marido usou dinheiro de Cattani para assassinar filha do deputado

O parlamentar explicou que no mesmo dia do assassinato pagou a quantia de R$ 4 mil ao ex-genro por uma cerca que Romero havia construído em uma propriedade do deputado

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) revelou, em entrevista, que o dinheiro utilizado por Romero Xavier para encomendar a morte de sua ex-esposa, a produtora rural Raquel Cattani, filha do parlamentar, foi obtido através de um serviço feito por Xavier em uma propriedade rural do legislador. Romero iria pagar R$ 4 mil ao irmão, Rodrigo, para matar a ex-companheira. Do valor, apenas parte foi adiantada antes dos dois serem presos.

LEIA MAIS: Em depoimento, ex-cunhado revela que surpreendeu Raquel no quarto dos filhos; veja vídeos

Raquel Cattani foi morta com mais de 34 facadas, no dia 19 de julho, em sua propriedade rural, em Nova Mutum (241,9 km de Cuiabá).

“Eu tinha um acerto para fazer com ele em dinheiro e eu fiz no mesmo dia. O acerto era de R$ 4 mil, de uma cerca que ele tinha feito para mim. Depois eu soube pela polícia que o acerto [valor pago pelo assassinato] com o irmão dele era de R$ 4 mil, ou seja, ele pegou o meu dinheiro para encomendar o assassinato da minha filha”, contou Gilberto Cattani, em entrevista à TV Vila Real, na terça-feira (6).

O parlamentar também relembrou que quando o assassinato ocorreu, ele foi o primeiro a desconfiar do ex-genro. Contudo, não podia fazer nada até que tivesse comprovação das autoridades, já que Romero tinha um álibi muito forte, que o colocava longe da cena do crime. Isso porque, ele criou uma verdadeira estratégia para dissimular as investigações.

Tendo planejado e contratado o próprio irmão para matar a ex, Romero foi até o município de Tapurah (389 km de Cuiabá), onde convidou diversas pessoas para beber e fazer um churrasco. Depois, foi até casas noturnas do município, onde foi filmado por câmeras de monitoramento, para sustentar a hipótese de que ele não tinha relação com o assassinato. Além disso, Romero orientou o irmão a modificar a cena do crime – a fazenda de Raquel – para simular um latrocínio.

“Quando nós soubemos do acontecido, o primeiro a desconfiar de qualquer um fui eu. Porém, não podíamos fazer nada enquanto não tivéssemos certeza. Ele tinha um álibi muito forte e comprovou que não estava na cena do crime, mas encomendou o assassinato”, relembrou.

Na entrevista, o deputado se referiu ao ex-genro como ‘animal’ e defendeu pena de morte a feminicidas.

“Foram quatro dias com o maior sofrimento que um ser humano pode passar, mas sempre com esperança de que nós poderíamos chegar ao autor e ele pudesse cumprir tudo aquilo que a Justiça determina para quem faz esse tipo de coisa, que é muito pouco. Nós precisamos ter, inclusive, pena de morte no nosso país. Eu não tenho palavras para descrever uma pessoa dessa. É um animal e tem que ser tratado como tal. Tanto o que fez quanto o que encomendou”, declarou.

INDICIAMENTO

Na segunda-feira (5), a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou os irmãos Romero e Rodrigo Xavier por homicídio triplamente qualificado.  Os dois estão presos preventivamente em unidade do Sistema Penitenciário Estadual. A polícia incluiu as qualificadoras de feminicídio, promessa de recompensa, e emboscada com recurso que dificultou a defesa da vítima. 

Rodrigo, cunhado de Raquel e executor do crime, ainda foi indiciado pelo crime de furto, pois roubou da residência da vítima diversos pertences, entre objetos de uso pessoal e um celular.

Romero Xavier, ex-marido e mandante do crime, também é alvo de outro inquérito policial, pela Delegacia de Lucas do Rio Verde, pelo crime de porte irregular de arma de fogo. As armas foram apreendidas durante as buscas realizadas no curso da investigação para esclarecimento do crime.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e Poder Judiciário Estadual (MPE).

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