O delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Bruno Abreu, revelou que as investigações da operação Office Crime, da Polícia Civil, desta quinta-feira (28), não partiram apenas da denúncia feita pelo advogado Renato Nery. Pouco antes de ser morto a tiros na capital, Nery havia denunciado um advogado de Cuiabá na Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso (OAB-MT) por supostamente comandar um "escritório do crime". Esse advogado e os sócios dele foram alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (28).
"Coincidentemente, os escritórios e os alvos estão na denúncia do Renato. Os alvos, aqui, hoje, são alvos que o Renato denunciou, mas a investigação não partiu só da denúncia do Renato. Houve uma investigação mais complexa que resultou nos alvos de hoje", disse em entrevista à imprensa.
A operação foi deflagrada em Cuiabá e Primavera do Leste. São alvos da operação os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos e os advogados Antônio João de Carvalho Junior, Agnaldo Bezerra Bonfim e Gaylussac Dantas de Araújo. Nas residências, foram encontrados barras de ouro, R$ 30 mil em espécie, armas, munições e aparelhos eletrônicos.
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Até o momento, a principal linha de investigação é de que Nery tenha sido assassinado por uma disputa de terras.
CRIME E DILIGÊNCIAS
Renato Nery tinha 72 anos quando foi morto em 5 de julho deste ano. Ele chegava a seu escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, uma das principais vias da capital, quando foi atingido por disparos.
Ele foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu e foi a óbito horas após o procedimento médico.
Desde a ocorrência do homicídio, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do profissional.
No dia 30 de julho, a delegacia especializada cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarantã do Norte, Cuiabá e Várzea Grande, com o objetivo de coletar informações que corroboram as investigações.
Em setembro, a DHPP requisitou uma perícia complementar para auxiliar na identificação do executor do crime.
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