Para ele, o ambiente de uma campanha apertada, bastante parelha, abre espaço para o republicano voltar a contestar o resultado da eleição, em caso de vitória de Kamala Harris.
"A campanha eleitoral nos EUA está muito parelha, com Harris pouco à frente nas regiões mais indecisas. Mas Kamala não é tão boa na campanha. É uma disputa entre uma vice-presidente e um ex-presidente. Trump está um pouco há frente, com algo como 55%, mas a eleição está muito indefinida", avalia Lieber, participante do Itaú BBA Macro Vision 2024, evento realizado em São Paulo.
De acordo com o analista da Eurasia Group, os dois candidatos começam agora a disputar os Estados pêndulos, mas na avaliação dele, tanto Trump quanto Harris pode vencer nestas localidades.
Em Estados como o Arizona, por exemplo, onde há problemas com imigração, as propostas de Trump são mais aceitas. Por outro lado, o discurso de Trump acaba por afastar os mais jovens.
Para Lieber, o resultado da eleição nos Estados Unidos deverá ser conhecido no meio da semana da eleição e não no mesmo dia da eleição. Ele lembrou que na eleição em que Trump disputou com Hilary Clinton, a democrata acabou reconhecendo a vitória do republicano no meio da noite do dia da votação.
O mesmo não ocorreu quando Trump foi derrotado por Joe Biden. "Até hoje Trump não reconheceu a vitória de Biden. Há muita chance de Trump confundir o resultado da eleição. Não acredito que Harris faria isso", disse o diretor para os Estados Unidos da Eurasia Group.
(Com Agência Estado)
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