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Mundo Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012, 08:53 - A | A

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Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012, 08h:53 - A | A

DEBATES

Empatados nas pesquisas, Obama e Romney se enfrentam no último debate

A pesquisa mais recente, elaborada em conjunto pelo Wall Street Journal e pela rede de TV NBC, mostra os candidatos empatados

AGÊNCIA BRASIL

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Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e o ex-governador de Massachussets Mitt Romney, vão se enfrentar em Miami no último debate antes das eleições, que ocorrem no dia 6 de novembro. O tema será a política externa americana. Obama e Romney chegam ao debate praticamente empatados nas pesquisas de opinião. Ambos divergem sobre os principais assuntos em discussão hoje (22) à noite.

A pesquisa mais recente, elaborada em conjunto pelo Wall Street Journal e pela rede de TV NBC, mostra os candidatos empatados. Ambos aparecem com 47% das intenções de voto. O empate é interpretado como a confirmação de que Romney conseguiu eliminar a vantagem de Obama após ter se mantido por 12 meses atrás do presidente em pesquisas semelhantes.

O ex-governador tem ligeira vantagem sobre o presidente, segundo pesquisa da rede de TV CNN publicada na semana passada. De acordo com a CNN, Romney aparece com 48% das intenções de voto contra 47% do presidente, o que caracteriza empate técnico.

A mesma pesquisa aponta vantagem do presidente em relação à política externa, tema do último debate. Para 49% dos consultados pela emissora, o presidente Obama é o mais indicado para conduzir a política externa americana, dois pontos percentuais à frente de Romney.

Em relação a questões como o programa nuclear do Irã, a ameaça de desenvolvimento de uma arma atômica, a possibilidade de guerra e as especulações sobre um ataque unilateral por parte de Israel, Obama e Romney já se manifestaram várias vezes.

Para Obama, o diálogo deve ser mantido com todos os líderes políticos, mesmo aqueles, como no caso do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadijenad, que são críticos dos Estados Unidos. "Países e presidentes fortes dialogam com seus adversários", disse ele, que defende uma solução negociada por meio da diplomacia e da imposições de sanções.

Romney tem posição distinta. “Se vocês me elegerem como próximo presidente, eles não terão uma arma nuclear", disse, referindo-se às suspeitas em relação ao Irã de desenvolver programa que leve à produção de armas nucleares. Ele rejeita qualquer tentativa de convencimento por meio da diplomacia, mas prefere elevar o tom por meio da aplicação de mais sanções. Para Romney, uma ação militar pode funcionar no embate com o Irã.

Em relação à questão Israel e Palestina, Obama disse que seu compromisso com a segurança de Israel não pode vacilar, nem a busca pela paz. Para Romney, o impasse é assim definido: "A chave para uma negociação de paz duradoura é Israel saber que estará seguro".

Ao comentar questões como os efeitos da Primavera Árabe, o conflito civil na Síria e o filme anti-Islã que desencadeou uma série de protestos violentos na região contra as representações diplomáticas americanas, ambos também divergem.

"América e Islã não são excludentes e não precisam estar em lados opostos", disse Obama. Segundo Romney, sua administração vai se esforçar para garantir que "a Primavera Árabe não seja seguida por um Inverno Árabe".

Em relação à Rússia, governada pela terceira vez por Vladimir Putin, Obama e Ronmey também pensam de forma distinta. "A Rússia não é nosso inimigo número um, a não ser que você ainda viva na Guerra Fria", disse Obama. "A Rússia é, sem dúvida, nosso inimigo geopolítico número um. Eles lutam por todas as piores causas do mundo", disse Ronmey.

O embargo imposto pelos Estados Unidos a Cuba também divide os dois candidatos. "A América Latina é uma região em movimento, orgulhosa de seu progresso e pronta para assumir um papel maior nos assuntos mundiais. É mais importante do que nunca para a prosperidade e segurança dos Estados Unidos”, disse Obama, evitando polemizar.

Ronmey tem um discurso que estimula ainda mais as divergências com o regime de Cuba. "Vou lançar uma campanha para incentivar a oportunidade econômica na América Latina e ressaltar o contraste entre os benefícios da democracia, do livre comércio e da livre iniciativa e a falência moral e material dos modelos venezuelano e cubano", acrescentou.

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