Leonardo Estevão foi condenado a 28 anos de reclusão em regime fechado pelo homicídio qualificado de Leonido Mano Kadojeba, indígena Bororo. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (4), no Tribunal do Júri de Rondonópolis (220 km de Cuiabá). A decisão acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que apontou as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O réu não poderá recorrer da sentença em liberdade.
Presidido pelo juiz Leonardo de Araujo Costa Tumiati, o júri contou com a atuação da promotora Ludmilla Evelin de Faria S. Cardoso, que representou o MPMT. Segundo a denúncia apresentada pela 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Rondonópolis, o crime aconteceu em outubro de 2023, em uma residência no bairro Arco-Íris.
Leonido Mano Kadojeba, de 43 anos, morador da Aldeia Tadarimana e sem pleno domínio da língua portuguesa, foi assassinado com sete golpes de faca. A investigação, conduzida pelo delegado João Paulo Praisner, revelou que o crime começou com uma discussão entre vítima e réu na casa de um conhecido. Após o desentendimento, Leonardo foi até sua residência vizinha, pegou uma faca e retornou ao local, onde atacou Leonido de forma súbita e violenta.
A brutalidade do ato ficou evidente nos autos do processo: “O réu agiu com vontade deliberada, impelido por motivo fútil, utilizando meio cruel e surpreendendo a vítima, impossibilitada de se defender”, apontou a promotoria. Após o crime, Leonardo fugiu, sendo capturado posteriormente em Cuiabá.
A sentença do júri reafirma a importância de combater a violência contra populações indígenas, uma questão recorrente e urgente no estado.
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