A primeira audiência do caso Calvi Cardoso, chacina que deixou quatro mulheres da mesma família mortas em Sorriso (397 km de Cuiabá), ocorrida em novembro de 2023, acontece na tarde desta quinta-feira (2). Na ocasião, o pai e marido das vítimas, Regivaldo Batista, será uma das pessoas que falarão em juízo sobre o caso, que estarreceu a sociedade mato-grossense. O pedreiro Gilberto dos Anjos foi preso depois de confessar ter matado Cleci, a mãe, e as filhas Miliani, Manuela e Melissa Calvi Cardoso.
Na sessão, serão ouvidas 11 pessoas no total, sendo três informantes, entre eles o marido de Cleci e pai das meninas, o caminhoneiro Regivaldo Batista, além de oito testemunhas de acusação, que são os policiais civis e militares que trabalharam no caso. O acusado também será ouvido novamente.
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Depois desta audiência de instrução, o magistrado responsável pelo caso decidirá se o réu enfrentará o Tribunal do Júri ou não pelas acusações. O advogado Conrado Pavaleski Neto, que atua como auxiliar de acusação para a família Calvi Cardoso, acompanhará a audiência junto ao Ministério Público, que patrocina a acusação.
Cleci, Meliani, Manuela e Melissa foram mortas no dia 27 de novembro, depois que Gilberto, que trabalhava numa construção vizinha à casa delas, invadiu a residência. Inicialmente, segundo as investigações, a intenção dele era estuprar Cleci, que tinha o mesmo padrão de outra vítima do maníaco, que conseguiu sobreviver na cidade vizinha de Lucas do Rio Verde.
No entanto, com a reação da mãe e das filhas, Gilberto acabou esgorjando Cleci, Miliane e Manuela e estuprando as três. Melissa foi morta asfixiada depois de assistir todo o crime.
A autoria da barbárie foi descoberta na segunda-feira, dois dias depois das mortes, quando o marido de Cleci e pai das outras vítimas desconfiou do sumiço da família. Como caminhoneiro, não estava na cidade quando tudo aconteceu.
Gilberto dos Anjos está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, como medida para garantir a integridade física dele. O caso tramita em sigilo.
A audiência começou às 13h30 e deve se estender até o final da tarde.
Em março deste ano, o pai das vítimas falou sobre o caso no Congesso Nacional.
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