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Justiça Quarta-feira, 03 de Julho de 2024, 11:09 - A | A

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Quarta-feira, 03 de Julho de 2024, 11h:09 - A | A

AFOGADO EM TREINAMENTO

Pais de aluno bombeiro pedem para atuarem como assistentes de acusação

O capitão Daniel Alves e do soldado Kayk Gomes dos Santos foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Cleuvimar Selvo Peres e Maria Do Carmo Veloso Peres, pais do aspirante a bombeiro Lucas Veloso Peres que morreu durante treinamento na Lagoa Trevisan, requereram autorização para atuarem como assistentes de acusação no processo contra o capitão Daniel Alves e do soldado Kayk Gomes dos Santos. Dupla foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado.

“Requerem, por fim, se admitidos, sejam os mesmos devidamente cadastrados na ação de tal sorte que possam ter acesso a todos atos procedimentais já praticados, bem como aos que doravante sucederem”, traz trecho do requerimento.

Lucas, de 27 anos, morreu durante os procedimentos do curso que estavam sendo realizados na Lagoa Trevisan, no dia 27 de fevereiro deste ano. Inicialmente, a causa da morte foi apontada como mal súbito.

No entanto, o caso começou a ser investigado pela Corregedoria Geral dos Bombeiros depois que prints de conversas no WhatsApp vieram à tona em que outros alunos do curso sugeriram que a vítima teria recebido “caldos”.

As análises preliminares encontraram duas lesões, sendo cogumelos de espuma e manchas de paltauf, que afastaram a hipótese de mal súbito e indicaram a causa da morte como afogamento. 

DENÚNCIA DO MP

De acordo com a denúncia, o capitão Daniel Alves de Moura e Silva foi o responsável por comandar a atividade prática de instrução de salvamento aquático, tendo como monitores o codenunciado soldado Kayk Gomes dos Santos e o soldado BM Weslei Lopes da Silva. Inicialmente o capitão determinou que os alunos se organizassem em grupos de quatro militares para realizar uma corrida de cerca de um quilômetro e, na sequência, atravessar o lago a nado.

Conforme a dinâmica proposta, a cada dois alunos, um deveria portar o flutuador do tipo Life Belt. Nessa divisão, Lucas Veloso Peres ficou com a missão de levar o equipamento. Após percorrer aproximadamente 100 metros da travessia a nado, o aluno passou a ter dificuldades na flutuação e parou para se recompor, utilizando o Life Belt.

Desconsiderando o estado de exaustão do soldado, o capitão determinou que ele soltasse o flutuador e continuasse o nado. A vítima tentou dar prosseguimento à atividade por diversas vezes, voltando a buscar o flutuador em razão das dificuldades.

O capitão insistiu para que o soldado soltasse o equipamento de segurança, proferindo ameaças, até que determinou ao codenunciado Kayk Gomes dos Santos que retirasse o flutuador da vítima.

O monitor retirou o Life Belt da vítima e lhe deu “vários e reiterados caldos”. Desesperado e com intenso sofrimento físico e mental, a vítima passou a clamar por socorro e pedir para sair da água.

O capitão, que estava em uma prancha, desceu do equipamento, ordenou que os alunos continuassem a travessia e disse que supervisionaria a vítima. Ele se posicionou à frente do aluno quando percebeu que ele submergiu.

Ao retornar à superfície, Lucas Veloso Peres estava inconsciente. A vítima foi colocada na embarcação e imediatamente constatada que “não havia pulsação carotídea, e, portanto, havia entrado em parada cardiorrespiratória”. O aluno faleceu no local.

LEIA MAIS: MP oferece denúncia contra capitão e soldado por morte de aluno durante treinamento na Trevisan

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