O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu, em sigilo, autoridades de Mato Grosso após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro. Informações contidas no celular de Zampieri revelam um esquema de venda de sentenças judiciais, envolvendo grandes empresários, juízes, desembargadores e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal, que está em posse do aparelho, investiga as conexões, e há indícios de que membros do CNJ teriam sido acionados para monitorar e interferir em processos contra desembargadores envolvidos. As informações são da revista Veja.
Um dos casos envolve o conselheiro do CNJ Luiz Fernando Bandeira de Mello que teria acessado o sistema interno do órgão a pedido do lobista Andreson Gonçalves, para obter informações sobre o desembargador João Ferreira Filho. Ferreira Filho foi afastado após ser acusado de ter uma relação próxima com Zampieri e de receber vantagens financeiras para favorecer decisões judiciais. Bandeira nega envolvimento com o esquema e afirma que as informações consultadas não estavam sob sigilo.
Além disso, mensagens encontradas no celular de Zampieri indicam que Anderson Gonçalves já havia acionado contatos no CNJ em 2020, durante a Operação Faroeste, para monitorar investigações sobre a venda de sentenças na Bahia. Em 2022, Gonçalves teria novamente usado seus contatos para interferir em uma possível investigação administrativa contra um aliado, mostrando o alcance do esquema.
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