O juiz Flávio Miraglia Fernandes negou liberdade à empresária Ana Cláudia Flor, acusada de mandar matar o próprio marido para ficar com a herança, nesta terça-feira (10). A defesa da empresária sustenta que o juiz Flávio Miraglia foi omisso quanto ao pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias. Entretanto, o magistrado alegou que a mulher não reuniu elementos necessários à concessão da prisão domiciliar.
De acordo com o magistrado, Ana Cláudia foi a arquiteta intelectual do assassinato do marido e que usou de artimanhas para ter acesso às investigações policiais da morte de Toni Flor.
A defesa da empresária sustenta que o juiz Flávio Miraglia foi omisso quanto ao pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias. No início de março, os advogados apelaram à Justiça citando problemas psicológicos graves sofridos por uma das três filhas menores de idade da ré.
Entretanto, o juiz Flávio pontuou que as três filhas de Ana Cláudia estão sob os cuidados da avó materna e estão recebendo acompanhamento com profissionais da saúde.
"Além do periculum libertatis ostentado por Ana Claudia, a mesma não reúne elementos necessários à cautelar requerida, e é de fácil constatação que as crianças não estão desguarnecidas de cuidados, muito pelo contrário, estão assistidas pela avó materna que vem cumprindo com zelo o múnus, haja vista os informes de que as menores estão passando por acompanhamento com profissionais da saúde", afirmou o magistrado.
RETIRADA COMO HERDEIRA
As três filhas da empresária Ana Cláudia recorreram à Justiça para que a mãe seja excluída do recebimento de bens deixados por Toni Flor. Toni e Ana Claudia estavam casados há 15 anos. O casamento, no entanto, vinha passando por conturbações por conta dos relacionamentos extraconjugais de Ana Cláudia. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.
Com receio de perder a herança, Ana Cláudia, segundo o Ministério Público (MPMT), teve a ideia de assassinar o marido e contou sobre a intenção para a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva. Entretanto, Ana teria dito que sofria violência doméstica.
De acordo com a defesa das filhas da empresária, "está claro que a requerida praticou ato indigno, sendo a medida que se impõe, portanto, a declaração da indignidade por sentença judicial a fim de excluí-la da sucessão do de cujus". Ressaltou ainda que uma casa estava vendida e que um carro Toyota Corolla já havia sido negociado.
INVESTIGAÇÃO
Durante a investigação da Polícia Civil, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil aos contratados. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.
Depois de saber sobre o intuito de Ana, Ediane passou o contato de Wellington Honório para a esposa da vítima e ambos combinaram a morte de Toni pelo valor de R$ 60 mil. Logo depois, Wellington contou sobre o crime a Dieliton Mota da Silva, 25 anos, e os dois contrataram Igor Espinosa para cometer o crime.
Igor cumpriu o combinado e executou Toni com quatro tiros em frente a uma academia no bairro Santa Marta, em Cuiabá. Após o crime, ele recebeu o valor de R$ 20 mil e mudou para o Rio de Janeiro (RJ). Entretanto, Wellington e Dieliton não receberam o valor combinado.
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