A Justiça de Mato Grosso determinou o bloqueio das contas dos alvos da Operação Colusão, que foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (30) pela Polícia Federal em Cuiabá e na cidade de Nova Canaã do Norte (700 km de Cuiabá). A ação policial visa desarticular esquema voltado à prática de crimes contra a administração pública, por meio de fraudes em processos licitatórios realizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
Alan Cosme/HiperNoticias

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá Luiz Antônio Possas de Carvalho é um dos alvos da operação
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Um dos alvos da Polícia Federal é o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Luiz Antônio Possas de Carvalho. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no edifício Maison Paris, em Cuiabá.
Ele prestará depoimento à Polícia Federal, na sede do órgão localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), após o cumprimento da medida cautelar. A secretaria de Saúde também foi vistoriada pelos policiais.
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Além dos bloqueios das contas, os alvos da operação tiveram os bens sequestrados e foram proibidos de participem de licitações e contratem com o poder público. O valor total dos contratos investigados chegam ao montante de R$1.998.983,37.
Foram constatadas diversas irregularidades, como inobservância das formalidades pertinentes à dispensa de licitação, direcionamento do procedimento à contratação de empresa específica, elevação arbitrária de preços. Além de indevido fracionamento das compras a fim de possibilitar que os produtos fossem adquiridos mediante dispensa de licitação e a não entrega de medicamentos adquiridos e pagos pelo poder público.
Foi constatado, ainda, que uma empresa “fantasma” emitiu orçamento em um dos processos de compra, aparentemente para dar aparência de legalidade ao procedimento, e recebeu vultosa quantia diretamente da principal empresa investigada (R$1.071.388,00). Igualmente, verificou-se que a empresa realizou pagamentos mensais a um servidor público da área da saúde do Município de Cuiabá, sem nenhum motivo idôneo aparente.
Também foi possível constatar expressiva movimentação financeira entre o ex-Secretário de Saúde de Cuiabá/MT e a única funcionária de uma empresa de que ele anteriormente era sócio. Os dados financeiros demonstram que, embora a funcionária aparente não possuir condições econômicas para transacionar vultosas quantias, eram comuns depósitos em espécie em sua conta bancária. Após o recebimento, era rotineiro o pagamento de títulos em nome de terceiros vinculados ao ex-Secretário.
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