Itens de luxo do ex-secretário Célio Rodrigues foram bancados por empresas do ramo de saúde, contratadas pela Prefeitura de Cuiabá, indevidamente beneficiadas. Dentre os gastos está uma lancha apreendida no lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), durante a Operação Cupincha, segunda fase da Operação Curare, deflagrada na última quinta-feira (28).
Decisão do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, revela que, além da lancha, também foram pagas taxas de condomínio e IPTU com dinheiro da Ventura Serviços Médicos e Hospitalares, de propriedade de Liandro Ventura, foragido da Justiça desde quinta (28). Segundo as apurações policiais, além de proprietário da empresa de saúde, o empresário é sócio de Célio Rodrigues na Cervejaria Cuyabana.
As investigações apontam que a empresa de serviços médicos de Liandro foi subcontratada pela Ultramed Serivços Médicos e Hospitalares, prestadora de serviços à Empresa Cuiabana de Saúde. Conforme o inquérito, a transação entre Ultramed e Ventura chegou a R$ 849 mil somente entre maio e junho.
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Pelo menos em 2021, segundo consta na decisão do juiz federal Jeferson Schneider, a empresa de Liandro Ventura foi utilizada para lavagem de dinheiro por meio da técnica de "mescla" - isto é, a mistura de recursos legítimos e ilegais.
Muitas das vezes, os recursos obtidos ilegalmente são utilizados em despesas da própria empresa, como o pagamento de pessoal, compra de matéria-prima, etc. Por se tratar de uma empresa real, esse tipo de pagamento ajuda a dificultar o rastreamento da atividade ilícita.
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