Nesta sexta, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,41%, a US$ 2.473,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na variação semanal, o metal precioso subiu modestos 0,17%.
A agenda vazia permitiu que os mercados consolidassem a correção dos movimentos intensos observados na última semana, conforme as preocupações sobre uma recessão nos EUA diminuem. Assim, a queda do dólar e dos juros dos Treasuries durante boa parte da sessão deu alívio ao ouro, enquanto investidores também se posicionam para leituras de inflação ao consumidor e produtor (CPI e PPI, nas siglas em inglês) dos EUA.
Nesta semana, o ouro ficou "preso" diante da venda generalizada de ativos graças a temores de uma recessão nos Estados Unidos, o que levou detentores do metal precioso a liquidar posições para compensar pelas perdas, avalia o diretor de Estratégia de Commodities do Saxobank, Ole Hansen.
Ele observa que, agora, os preços do ouro tentam retomar ganhos, mas permanecem sensíveis ao "tumulto global". "Dito isso, mantemos nossa visão positiva sobre o metal precioso e acreditamos que, se o Federal Reserve (Fed) começar a cortar juros, investidores podem retomar fluxos de entrada em ETFs de ouro", afirmou o diretor do Saxobank, em nota.
Entretanto, o TD Securities alerta que o escopo de alta para o ouro é limitado, visto que as posições de investidores em relação ao metal já estão demasiadamente "longas" e "infladas". "Isso sugere que fundos macro não vão contribuir com força adicional para os preços do metal sem sinais de uma recessão iminente capaz de impulsionar a precificação de cortes do Fed", aponta o banco de investimentos. "Ao mesmo tempo, o ouro não está imune aos riscos de uma desalavancagem de ativos, o que poderia causar mais atividade de vendas no horizonte."
(Com Agência Estado)
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