Outro ponto de atenção é a decisão de política monetária nos Estados Unidos que sairá à tarde, e mais ainda a sinalização futura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americana). As apostas de mercado são de que o banco central americano cortará o juro básico em 0,25 ponto porcentual, podendo pausar a queda em seguida. Além disso, o recuo de 2,05% do minério de ferro em Dalian empurra para baixo ações do setor na B3, apesar da alta do petróleo hoje. Vale cedia 1,07% e Petrobras caía 0,41% (ON) e subia 0,04% (PN).
Nesta manhã o dólar voltou a subir e já tocou R$ 6,1678 na máxima, avançando acima de 1,00%, pressionando para cima os juros futuros. Ontem, o dólar fechou em R% 6,0961, em alta de 0,04%, após atuações do Banco Central. Já o Ibovespa encerrou a sessão com valorização de 0,92%, aos 124.698,04 pontos.
"Os mercados estão muito voláteis. Ontem discutiram a ata com tom ainda duro e a unanimidade da decisão do Copom, que mostra um movimento coordenado e compromisso com ancoragem das expectativas de inflação", diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas.
Contudo, além da ata com o comunicado hawkish há outros fatores, acrescenta Ashikawa, como as incertezas fiscais. Assim, avalia, fica difícil entender como cada questão está influenciando os mercados.
Na terça à noite o Congresso concluiu a votação do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária e o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também foi aprovado na Câmara o texto-base do projeto de lei que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários se houver déficit primário. O texto também permite o uso de superávit de quatro fundos para pagar a dívida pública por seis anos (2025 a 2030).
Hoje, a Câmara deve votar três destaques relacionados ao Projeto de Lei Complementar (PLP) do pacote de cortes de gastos que traz novos gatilhos do arcabouço fiscal e trata sobre regras para contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares. Além disso, o Tesouro Nacional promoveu leilão de compra e de vendas de títulos pré-fixados para reduzir as volatilidade no mercado de juros.
Ontem à noite, o Tesouro Nacional informou, por meio de nota, o cancelamento do seu tradicional leilão de títulos públicos, que estava previsto para quinta-feira. Além do leilão de até 300 mil Notas do Tesouro Nacional da série F (NTN-F) em quatro vencimentos mais cedo, ainda serão realizados leilões amanhã e sexta. O Tesouro também anunciou leilão de recompra desses mesmos títulos.
Às 11h22, o Ibovespa caía 0,89% a 123.583,70 pontos, na mínima. Na máxima marcou 124.698,50 pontos, com variação zero. Apenas nove ações subiam, de um total de 87. No câmbio, o dólar à vista tinha alta de 1,09% a R$ 6,1638, depois de avançar R$ 6,1528, na máxima.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.