Houve um debate sobre o impacto das mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto final da reforma, aprovado na terça-feira, e que segue para sanção.
O Senado havia equiparado o saneamento ao setor da saúde, com alíquota reduzida de 60% o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), mas a mudança foi revertida pela Câmara.
"Vai ser fundamental fazer o debate, porque agora vai depender dos governadores, aumentar o cashback nos Estados para 100%, no caso do saneamento, para que nós não tenhamos o desequilíbrio nos contratos de concessão de água e esgoto, porque isto, sim, vai afetar os consumidores de baixíssima renda. Portanto, terá que haver uma mobilização nacional para que os governadores e prefeitos aumentem o cashback para 100%, para que nós possamos ter uma alíquota equilibrada no saneamento", disse Braga.
O relator da reforma tributária na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), pontuou que a decisão que a sociedade precisava tomar é se todos precisam pagar as contas de água e energia com alíquota zero, lembrando que o impacto dessa alteração seria de 0,38 ponto porcentual. "Aí toda a sociedade iria pagar uma alíquota maior de referência em todos os produtos, não só no saneamento. Cabe agora aos governadores também aumentar a redução, que é 20%", disse.
A reforma estabelece devolução de 100% da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e piso mínimo de 20% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para a compra de botijão de gás de 13 quilos; de 100% da CBS e piso mínimo de 20% do IBS para as contas de luz, de água e esgoto e de gás encanado; e piso mínimo de 20% da CBS e do IBS sobre os demais produtos - garantindo autonomia federativa de Estados e municípios, para fixar porcentuais superiores. No Senado, o mecanismo foi estendido para os serviços de telefonia e internet.
(Com Agência Estado)
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