As ações da Gerdau (PN +5,21%) foram destaque de alta nesta segunda-feira, com o mercado precificando benefícios para a empresa em um cenário de guerra comercial no setor de aço e alumínio, devido à companhia ter operações nos Estados Unidos. Entre os bancos, BTG (-1,77%), que divulgou números do quarto trimestre, também tinha desempenho positivo mais cedo, assim como os papéis de empresas ligadas ao ciclo doméstico, as chamadas cíclicas, que em geral avançaram na sessão, em meio ao bom humor do mercado diante da queda dos juros futuros na sessão. O dólar à vista também cedeu terreno em baixa de 0,13%, a R$ 5,7860.
Em meio à expectativa de tarifas de 25% para as compras de aço e alumínio, conforme o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que anunciará na terça ou quarta-feira, Gerdau Metalúrgica PN foi outro destaque da sessão, em alta de 4,81% no fechamento. Na ponta ganhadora na sessão, Automob (+16,00%), Cogna (+5,92%) e Vamos (+5,42%), além das duas ações de Gerdau. No lado oposto, Azul (-3,17%), Embraer (-2,13%) e BTG. Entre as blue chips, destaque para Vale (ON +1,04%, na máxima do dia no fechamento) e Petrobras (ON +0,83%, PN +0,68%).
Ontem, Trump anunciou que vai impor tarifas de 25% sobre alumínio e aço importados, afetando diversos países, incluindo o Brasil. No entanto, o principal alvo do governo do republicano é a China. De janeiro a dezembro do ano passado, o Brasil foi o segundo país que mais exportou aço para os Estados Unidos, segundo relatório divulgado no dia 27 de janeiro pelo American Iron and Steel Institute (Instituto Americano de Ferro e Aço). Foram enviadas 4,49 milhões de toneladas líquidas, o que representou um avanço de 14,1% em relação a 2023, quando foram exportados 3,94 milhões de toneladas líquidas.
"Há muitas incógnitas no ar e, novamente, teve um certo exagero na sexta-feira, tanto na desvalorização do real como na queda da Bolsa, e nessa segunda-feira veio correção, com um certo tom mais positivo para quem quer tomar risco", diz Alison Correia, analista e co-fundador da Dom Investimentos.
"Desde a abertura, mercado esteve melhor, em alta de 1% já na abertura. Gerdau, em particular, foi muito bem na sessão, na medida em que a produção da empresa nos Estados Unidos, com grande exposição de receitas produzidas dentro daquele país, sem ser alcançada assim pelas tarifações", aponta Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.
(Com Agência Estado)
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