"Eu não vejo outro caminho para o Brasil que não seja o de calibrar uma trajetória consistente em que a receita cresça acima do PIB e a despesa cresça abaixo do PIB, para reequilibrar as contas públicas num patamar que já foi considerado aceitável por toda a sociedade", afirmou o ministro.
Ele ressaltou que várias despesas foram contratadas antes da posse do novo governo Lula, sem fonte de financiamento, como o novo Bolsa Família e o Fundeb, o piso da enfermagem e mesmo as emendas parlamentares. O ministro defendeu a contenção do gasto tributário, que vem tentando realizar. "Nós temos espaço para conter o primário, diminuir o gasto tributário, para que o gasto financeiro se reduza", disse.
Haddad argumentou que isso é necessário para evitar um crescimento aos solavancos, com desequilíbrios que podem provocar retrações. "Acredito que se nós tivermos a inteligência de calibrar a dinâmica da evolução da despesa, limitá-la e garantir um fluxo de receita condizente com os gastos contratados, nós temos condição de crescer e ajustar essas variáveis como proporção do PIB muito rapidamente", reiterou.
(Com Agência Estado)
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