Este Dia das Mães é ainda mais especial para Selma Lopes do Santos. Depois de um ano “morando” no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), ela terá o presente de ir para casa com o filho Jether Emanoel Santos Pinto, de 2 anos. O menino de afogou na piscina de um clube da cidade Alta Floresta, 9 maio de maio de 2017, e desde então está internado na unidade hospitalar da Capital.
Depois do acidente, a mãe precisou de desdobrar para acompanhar o tratamento do caçula e dar atenção aos filhos mais velhos, que ficaram em Alta Floresta (802 km de Cuiabá), onde a família residia e onde ocorreu o afogamento.
No entanto, com a fé materna e solidariedade de pessoas do Brasil todo, a família conseguiu alugar uma casa na Capital e se mudar para que possa levar o menino para casa e oferecer a ele o melhor tratamento. “Nós vamos para casa, em nome de Jesus. Não aguento mais hospital”, desabafa.
“Eu tenho muita fé. Meu coração de mãe diz que ele vai ficar bom”, celebra Selma. A criança deve começar a semana em casa, por isso está sendo comemorado pela mãe, por ser um período especial.
A mãe conta que pesquisou tratamento para o menino fora do País e até encontrou um hospital que realiza sessões de terapia hiperbárica nos Estados Unidos. Porém seriam necessários pelo menos R$ 200 mil para pagar o tratamento. Valor que a família não tem.
Diante da dificuldade, a mãe não desistiu e descobriu que um hospital particular de Cuiabá oferece tratamento hiperbárico semelhante ao disponível no exterior. Com o dinheiro arrecadado em campanhas realizadas por pessoa que souberam da história de Jether, Selma irá pagar as sessões e os demais procedimentos necessários para a recuperação do pequeno.
“Pelo SUS é difícil até conseguir exames. Para fazer uma ressonância é uma luta. Os médicos não liberam, eles acham que o caso do Jether não tem mais jeito”, critica a mãe.
A princípio, o menino será submetido entre 40 e 62 sessões hiperbárica. Dependendo da resposta serão definidos novos procedimentos e a família não descarta buscar recursos médicos no exterior. “Tomara que não precise, mas se for necessário a gente vai, sim”, assevera a mãe, confiante.
A medicina hiperbárica é indicada para em diferentes casos, desde infecções que não cicatrizam até acidentes afogamentos, como é o caso de Jether. No Brasil há situações de pacientes que tiveram as sequelas de acidentes de mergulho revertidas com sessões do procedimento.
Selma ainda não contabilizou quanto o filho já recebeu de doações, pois alguns recursos são oferecidos parceladamente devido a realização de leilão em prol da melhoria da criança.
A Vakinha para arrecadação de recursos ainda está no ar e recebe dinheiro para o tratamento. Doações também pode ser feitas direto na conta da Caixa Econômica Federal Agência 1385, conta poupança 72499-7 em nome de Selma Lopes dos Santos CPF 001089895-69.
O tratamento
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH), a oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão 2 a 3 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma câmara hiperbárica.
A sessão proporciona o aumento da presença de oxigênio no sangue, o que resulta combate infecções, compensa a deficiência de oxigênio decorrente de entupimentos de vasos sanguíneos ou destruição dos mesmos, como em casos de esmagamentos e amputações de membros, normalizando a cicatrização de feridas crônicas e agudas; neutraliza substâncias tóxicas, potencializa a ação de alguns antibióticos, tornando-os mais eficientes no combate às infecções e ativa células relacionadas com a cicatrização de feridas complexas.
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