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OUTUBRO ROSA

Obesidade e sobrepeso são fatores de risco para câncer de mama e colo de útero, diz médico

Aproveitando o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização dessas doenças, o HNT conversou com o médico oncologista Eduardo Romero, sobre os principais sintomas, formas de tratamento e prevenção

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontou que cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2024 enquanto o de colo de útero é o terceiro tumor mais incidente na população feminina com aproximadamente 17 mil casos anuais. Aproveitando o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização dessas doenças, o HNT conversou com o médico oncologista Eduardo Romero, sobre os principais sintomas, formas de tratamento e prevenção. O profissional está inscrito no CRM sob número 9.463 e possui registro profissional sob a inscrição RQE: 6.276. Na conversa, o profissional revelou que o estilo de vida e, principalmente, a obesidade, influenciam na incidência das doenças.

De acordo com o especialista, o problema é que os dois tipos de câncer podem ser silenciosos e não apresentar sintomas nos estágios iniciais. Por isso, ele destaca a importância do autoexame, no caso do tumor de mama, e exame Papanicolau, no caso do câncer de colo de útero.

“Às vezes, o câncer de mama não vai ter nenhum sintoma inicial, pode aparecer um caroço, um nódulo ou, às vezes, alguma íngua na axila ou na região do pescoço. Então, qualquer achado de nódulo, íngua, né, linfonodos, alteração no mamilo, como retração, qualquer mudança no aspecto da mama, se começar a ficar mais endurecida, mais vermelha, parecendo uma casca de laranja, ou se algum líquido começar a sair do mamilo, por exemplo, quando, de forma natural, ou mesmo quando a mulher aperta, qualquer coisa assim, não é normal, tem que procurar um médico”, explicou.

“O colo do útero, é a mesma coisa. Às vezes, inicialmente, a doença não vai ter sintoma nenhum, a gente só vai identificar através de exame, então, a mulher tem que ir todo ano no ginecologista fazer o Papanicolau. Mas, quando aparece sintomas pode apresentar sangramento fora do período menstrual da mulher, dor no ato sexual, para urinar, alguma dor no quadril. Então, são sintomas mais localizados”, completou.

Contudo, apesar de importante, o médico explicou que o autoexame não tem caráter preventivo, mas serve como uma ferramenta de autoconhecimento.

“O autoexame é importante para mulher, mais para ela se conhecer, para ela saber como é o corpo dela, como é a mama dela, para que caso apareça algum nó, caroço, alguma coisa, ela poder identificar que aquilo está diferente”, pontuou.

No caso do câncer de colo de útero, o Papanicolau é uma forma de prevenção, já que o exame consegue detectar células pré-cancerígenas.

“O Papanicolau, o preventivo, é fundamental para fazer o diagnóstico precoce, porque ele vê até células pré-câncer, ou seja antes disso virar um câncer. A recomendação do Papanicolau é fazer a partir dos 25 anos de idade e depois que tivesse dois exames seguidos com resultados normais, o exame passa a ser feito a cada três anos, essa é a recomendação do Ministério da Saúde, mas hoje, a gente acaba indicando, como é um exame tão simples de fazer, seja no sistema privado, ou mesmo no público, a gente recomenda a fazer todo ano”, orientou.

Outra forma de prevenir o câncer de colo de útero é a vacina contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), que é responsável por quase 100% desse tipo de tumor, conforme dados do Ministério da Saúde.

“Hoje a gente tem a vacina contra o HPV, na rede pública, inclusive, disponibilizada pra crianças, tanto meninos quanto meninas, de 9 a 14 anos. Também para outras faixas etárias que tem algum problema de algum outro tipo de doença. Também é possível se vacinar de forma particular, em qualquer idade. Nos homens, a vacina ajuda a prevenir cânceres no pênis, ânus e boca, que também são causados pelo HPV”, disse.

INFLUÊNCIA DO ESTILO DE VIDA

O especialista explicou que apesar de o câncer ser uma doença multifatorial e que é influenciado pela genética e outros fatores que não podem ser controlados, o estilo de vida é um dos elementos que pode acarretar num risco aumentado para esse tipo de enfermidade.

“Têm coisas que a gente não consegue intervir, como a genética, o histórico familiar, mas a obesidade e o sobrepeso são fatores de risco, sabidamente, para 13 tipos de câncer. O sedentarismo, o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo também são fatores”, expôs.

Conforme o pr bb ofissional, a obesidade e o sobrepeso causam uma inflamação crônica no corpo. Além disso, o consumo de carne vermelha em excesso, alimentos processados e açúcar também contribuem com essa inflamação, aumentando o risco de doenças.

“Quem está acima do peso, está sempre inflamado. Vive 24 horas por dia inflamado. O sedentarismo também ajuda a manter essa inflamação. Por isso, é tão importante fazer exercício físico regular, porque quando a gente faz, a gente diminui a inflamação no corpo. Então assim, comer melhor, fazer exercício físico, cuidar do peso, evitar a bebida alcoólica, tudo isso são medidas básicas para a gente tentar não viver inflamado”, aconselhou.

TRATAMENTO

O oncologista enfatizou a importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento. De acordo com Romero, se descoberto em estágios iniciais, o câncer tem cerca de 90% de cura.

“O diagnóstico precoce é uma forma da gente conseguir salvar a vida. Se a gente descobre o câncer no início, quase todos os tipos de câncer tem chance de cura, ou chance muito alta de cura”, disse.

Já o tratamento, segundo o médico, varia para cada paciente.  

“O tratamento depende de cada caso. Primeiro, quando descobre o câncer, a gente tem que ver qual a extensão dessa doença, se é uma doença localizada ou se já tem metástases para definir o tratamento. De uma forma geral, o tratamento pode ser cirurgia, tanto para câncer de mama, quanto para colo de útero. Pode precisar fazer quimioterapia, radioterapia. Hoje, a gente tem a imunoterapia, também, que é uma forma, um tratamento mais novo para alguns tipos de câncer.  Então, o tratamento, ele vai depender muito de cada caso, hoje é muito individualizado cada um”, concluiu.

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