O fogo que assola o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá) já devastou, pelo menos, 7.048 hectares da unidade de preservação em que se encontra o Mirante do Centro Geodésico da América do Sul. O fogo, que teve início em agosto, escalou os paredões e chegou até a área alta do planalto. Nesta semana, proprietários de imóveis na região foram surpreendidos com a chegada do fogo nas chácaras. Ronaldo Ibarra, militar aposentado, foi um dos atingidos pelas chamas. Depois de ver a área de cerca de 10 hectares tomada pelo fogo, o militar cobrou políticas públicas eficientes para o combate aos incêndios.
"Todo ano tem fogo e não tem política pública eficiente [de combate]. As [ações] que tem não são capazes de controlar", disse à reportagem do HiperNotícias.
Segundo explicou Ibarra, o fogo atingiu sua propriedade, que fica em Chapada dos Guimarães, no dia três de setembro. Mas, já na quinta-feira (5), as chamas já tinham sido controladas pelo Corpo de Bombeiros.
"Apenas uma parte [foi queimada]. Queimou pasto, queimou cerca. O fogo chegou pelo fundo, depois foi para lateral e começou ameaçar de chegar pela frente. O Corpo de Bombeiros me deu uma atenção muito especial, mas atendeu a todos. Era uma equipe muo. ito reduzida e era fogo para todo lado. Eles nem paravam direito", contou.
Conforme o próprio Corpo de Bombeiros, apenas 18 militares combatem dois incêndios florestais na região do Mirante do Centro Geodésico da América do Sul e no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Está não é a primeira vez que o proprietário tem suas terras atingidas por incêndios. Em 2020, ele passou pela mesma situação. Ele destacou que neste ano, o fogo não é apenas em Mato Grosso, mas em todo o Brasil.
Segundo o ICMBio, a area total de conservação na região é de 13.505 hectares e mais de sete mil já foram queimados. Segundo o brigadista voluntário Marcos Sguarezi, área é muito extensa. Nesta semana, os combatentes se concentraram nas chamas que atingem região do Morro de São Jerônimo. Na visão dele, a situação no local é crítica.
Marcos Sguarezi ainda destacou o trabalho dos brigadistas da Defesa Civil, os esforços da Prefeitura de Chapada dos Guimarães e dos empresários que tem colaborado.
Embora haja reunião de esforços, ainda faltam insumos para dar segurança aos brigadistas. Os trabalhadores e voluntários recorrem a campanhas para sensibilizar a população a doar itens como isotônicos, frutas, barras de cereais, água e até mesmo coturnos essenciais para a proteção de quem faz o combate ao fogo. Os itens podem ser doados na 1ª Companhia da Polícia Militar de Chapada dos Guimarães.
PREFEITURA DE CHAPADA
A gestão informou que mantém a estrutura da Defesa Civil Municipal 24h e que apoia os brigadistas. Mas destacou que, no Parque Nacional, a responsabilidade direta é o ICMBio.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
A Prefeitura mantém a estrutura da Defesa Civil Municipal, que monitora 24h por dia todos os focos de incêndio na área do município.
Além disso, apoia a ação dos brigadistas com fornecimento de equipamentos de combate.
No Parque Nacional, a responsabilidade direta é o ICMBio. No entanto, a prefeitura está sempre disposição para colaborar com as ações.
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