João Euler Félix de Abreu, que vive em situação de rua na região da rodoviária de Cuiabá, sonha com uma moradia digna em que não seja vítima de opressão. Segundo ele, os moradores da região frequentemente enfrentam situações de violência devido às condições em que se encontram. Nesta sexta-feira (17), o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), esteve no local para uma vistoria e anunciou a suspensão da distribuição de marmitas, com o argumento de incentivar a população em situação de rua a buscar alternativas para sair dessa condição.
"Aqui não tem nenhuma pessoa que tenha condição financeira para custear um aluguel, por isso eles vêm para cá. Vivemos aqui com a doação da Prefeitura, dos evangélicos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece água gelada para gente, potável. Sobrevivemos somente de doação", contou afirmando que na região vivem mais de 100 pessoas.
Natural de Nortelândia, a 229 km de Cuiabá, João vive em situação de rua há mais de três anos. Ele se mudou para a capital em busca de melhores condições de vida, mas, infelizmente, não alcançou seus objetivos e acabou indo parar nas ruas. Atualmente, João vive em Cuiabá ao lado da família que adotou na Capital, como ele mesmo descreve.
Durante a campanha, Abílio prometeu "despachar" os moradores em situação de rua que não fossem de Cuiabá, oferecendo a oportunidade de retornarem às suas cidades de origem. Ao ser questionado sobre a continuidade dessa proposta, o prefeito esclareceu que não pretende obrigar ninguém a deixar o local, mas disponibilizará a chance para aqueles que desejarem retornar.
Cuiabá concentra a maioria dos moradores em situação de rua de Mato Grosso, com 999 identificados, do total de 2.531 em todo o estado. Em seguida, os municípios com mais pessoas vivendo na rua são Rondonópolis, Sinop, Primavera do Leste, Várzea Grande e Lucas do Rio Verde. Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
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