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Artigos Sexta-feira, 16 de Março de 2012, 07:00 - A | A

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Sexta-feira, 16 de Março de 2012, 07h:00 - A | A

Comunicando vai

Júlio Campos foi um governador de iniciativas ousadas e lances criativos. Às vezes era histriônico e exagerava um pouco, mas não tinha medo de errar. Uma das áreas mais sensíveis de sua gestão estava na comunicação. Ele exigia vibração nas campanhas

PAULO LEITE

 

Divulgação

 

Júlio Campos foi um governador de iniciativas ousadas e lances criativos. Às vezes era histriônico e exagerava um pouco, mas não tinha medo de errar. Uma das áreas mais sensíveis de sua gestão estava na comunicação social. Ele exigia a mesma vibração de suas atitudes nas peças publicitárias do governo. Não raro, se decepcionava com a apatia e o conformismo de seus assessores.

Lá pela metade de sua administração, depois de testar um jornalista e um publicitário, Julinho resolveu inovar. Convidou para a pasta José Everaldo Malpici, então diretor regional do Sine – Sistema Nacional de Emprego. Era um leigo completo, mas tinha grande visibilidade na mídia da época.

- Ele aparece na televisão mais do que eu. Ele tem algum segredo, não é possível! – invejava o governador. Sua justificativa para a nomeação de Malpici era esta: ele sabia se comunicar.
Naquele tempo, os meios ainda eram muito incipientes. Em meados dos anos 80, Mato Grosso não dispunha mais do que quatro canais de TV, sendo dois em Cuiabá, outros dois da Radiobrás na região Norte, meia dúzia de emissoras de rádio e três ou quatro jornais diários.

Malpici era freguês quase cotidiano dos telejornais. Mas de resto, pouco sabia do segmento. Como o governador desejava uma mídia eficiente e, muitas vezes, ele mesmo contratava as agências responsáveis pela conta publicitária do Estado, o secretário de Comunicação Social era mero coadjuvante.

Marcos Raimundo

Certa vez, Júlio Campos encomendou campanha completa. Com todos os ‘erres’ e ‘esses’ possíveis. Mandou Malpici cuidar do assunto. Lá pelas tantas, Osmar Soares (Época Propaganda), na ocasião gerente de atendimento da MCA Propaganda, foi até o gabinete do secretário para apresentar-lhe as peças.

Tudo corria perfeitamente, até que o publicitário se propôs a mostrar o layout de um outdoor. Aí Malcipi protestou:

- Isto não! O Julinho quer fazer uma campanha, tudo bem... Mas onde eu vou arranjar carro para isso? Carro eu não tenho aqui. Onde já se viu esse negócio de auto dor!! Não tenho automóvel, nem gasolina para isso!!

Após alguns minutos, Osmar convenceu o secretário a, pelo menos, olhar a peça. Malpici observou a arte e disparou com indignação:

- Por que você não falou logo que era o cartazão..., aquele pracão de rua?

Já dizia Chacrinha, o ‘Velho Guerreiro’: quem não se comunica, se trumbica!

(*) PAULO LEITE é escrito, jornalista e publicitário e escreve para HiperNoticias às quartas e sextas.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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