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Artigos Sexta-feira, 22 de Agosto de 2014, 15:36 - A | A

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Sexta-feira, 22 de Agosto de 2014, 15h:36 - A | A

Anão diplomático

O Brasil nos últimos anos tem se metido, desnecessariamente, em tantas enroscadas diplomáticas...

GABRIEL NOVIS NEVES




divulgação


O porta-voz da Embaixada de Israel, diante da retirada do nosso Embaixador do seu território para prestar esclarecimentos à Brasília sobre o conflito na Faixa de Gaza, ficou muito irritado. Este ato é considerado como grave no mundo diplomático.

Entrevistado por jornalistas internacionais ele disparou uma frase de grande efeito pirotécnico, que, com certeza, ficará gravada na relação entre os dois países parceiros, Brasil e Israel.

Disse o embaixador: “O Brasil é um país econômica e culturalmente desenvolvido, porém, um anão em diplomacia”.

Dito em período eleitoral servirá de armamento pesado contra a candidata da reeleição.

Após a defesa diplomática feita em Brasília pelo nosso Ministro das Relações Exteriores, que condenou a desproporção de forças no conflito entre judeus, muito mais poderosa que os palestinos, a emenda ficou pior que o soneto.

O diplomata israelense imediatamente deu o troco dizendo que “guerra não é igual a futebol”. Se um jogo termina empatado é porque houve equilíbrio de forças sem vítimas, apenas com um time vitorioso.

Citou como exemplo a nossa derrota de 7 x 1 para a Alemanha na última Copa do Mundo, onde ficou claramente demonstrada a desproporção de forças entre germânicos e brasileiros.

Nada mais ofensivo para a pátria das chuteiras nos pés. A notícia logo percorreu o mundo, mais pela repercussão do bate-boca diplomático que pela gafe cometida pelo Itamarati retirando o seu Embaixador de terras judaicas.

O Brasil nos últimos anos tem se metido, desnecessariamente, em tantas enroscadas diplomáticas, que se torna difícil de ser entendido, especialmente por suas ambivalências.

Ora apoia guerras e ditadores sanguinolentos, ora levanta a inócua bandeira da condenação de forças desiguais em uma guerra, mesmo não tendo direito à voz e voto no Conselho da ONU (Organização das Nações Unidas).

Quando o mundo todo condena Israel pelos ataques à Faixa de Gaza com material bélico de tecnologia não ao alcance dos palestinos, surge o Brasil e retira o seu Embaixador, em uma demonstração de desconforto frente a desigualdade de forças entre os dois adversários.

Os palestinos perderam mais vidas humanas, principalmente as de civis, crianças e mulheres.

Os judeus perderam o respeito do mundo, com esses massacres sem limites sobre os frágeis palestinos.

O Brasil mais uma vez ficou mal na foto dos países civilizados com as suas inúteis e inoportunas bravuras.



* GABRIEL NOVIS NEVES 
é médico, professor fundador da UFMT e colaborador de HiperNotícias. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Juca do Pequi 27/08/2014

Ao Ademar Adams: Dr. Gabriel Novis, em nenhum momento do artigo ataca Dilma ou o PT. Acontece que, certas pessoas de índole não ajustada, fanáticas e analfabetas políticas, não são capazes de entender o que está escrito. Ao Dr. Gabriel Novis: Parabéns pelo belo e conciso artigo externando aos seus leitores as gafes e pesados erros cometidos pela diplomacia brasileira.

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M. Mattos 27/08/2014

Não li nenhuma ofensa ou crítica na matéria do Dr. Gabriel dirigida a Presidente Dilma. A expressão do seu pensamento, com ou sem conhecimento de diplomacia a respeito das gafes cometidas pela diplomacia brasileira através do Itamaraty no conflito Israel e o Hamas é a opinião dominante da maioria do povo brasileiro. Não tem nenhum sentido político ou partidário e eu sim que pouco entendo de diplomacia concordo com seu posicionamento e rendo homenagens ao ínclito médico cuiabano, Dr. Gabriel Novis Neves, uma das reservas morais da nossa sociedade mato-grossense.

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Ademar Adams 24/08/2014

Gabriel Velhis, quer opinar sobre tudo, sempre para atacar o governo da Dilma. Assim acaba dando bom dia pra cavalo. Não sabe nada de diplomacia, prefere um pais subserviente , como ele foi como reitor nomeado pela ditadura.

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3 comentários

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