A Embrapa, desde sua fundação em 1973, não apenas revolucionou o setor agrícola brasileiro, mas também se tornou um pilar de inovação no agronegócio mundial. A instituição consolidou uma rede estratégica de Centros de Pesquisa que conecta a ciência às práticas agrícolas, alavancando a competitividade do Brasil e promovendo soluções que influenciam mercados globais. O impacto dessa estrutura vai muito além das fronteiras nacionais, colocando o Brasil como referência em sustentabilidade, inovação e produtividade no setor agropecuário.
A criação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em 1973, foi de grande importância no contexto geopolítico mundial, especialmente no que tange à segurança alimentar, desenvolvimento sustentável, competitividade econômica e principalmente SOBERANIA NACIONAL. Sua fundação ocorreu em um momento em que a agricultura brasileira enfrentava desafios como baixa produtividade, falta de tecnologias adaptadas ao clima tropical e dependência de importações de alimentos básicos.
A rede de Centros Nacionais da Embrapa é responsável por desenvolver tecnologias que moldaram o papel do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Centros como a Embrapa Soja, no Paraná, não apenas lideraram a introdução da soja em áreas tropicais — algo inédito até então — como transformaram o país no maior exportador mundial do grão. Essa conquista impacta diretamente mercados na Ásia, Europa e América do Norte, que dependem da soja brasileira para abastecer cadeias produtivas de alimentos e rações. Da mesma forma, a Embrapa Gado de Corte e a Embrapa Gado de Leite criaram soluções que posicionaram o Brasil entre os maiores fornecedores globais de carne bovina e produtos lácteos.
A relevância global da Embrapa é amplificada por seus Centros Ecorregionais, que abordam a gestão sustentável de biomas únicos, como a Amazônia e o Cerrado. A Embrapa Cerrados, por exemplo, transformou o que antes era considerado um bioma de baixa aptidão agrícola em uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo. Essa revolução ajudou a aumentar a produção de grãos e fibras, impactando diretamente a segurança alimentar global. Em um mundo onde as mudanças climáticas desafiam a produção agrícola, a expertise da Embrapa em biomas tropicais é valiosa para países da África, Ásia e América Latina que enfrentam desafios semelhantes.
A influência da Embrapa no agronegócio mundial transcende a pesquisa. Através de parcerias internacionais, a instituição tem disseminado suas tecnologias para dezenas de países, especialmente aqueles em desenvolvimento. Na África, por exemplo, a adaptação de cultivos como a soja e o milho tropical, desenvolvidos pela Embrapa, tem ajudado a melhorar a segurança alimentar e a criar sistemas agrícolas mais resilientes. Além disso, a capacidade do Brasil de atender à crescente demanda por alimentos, impulsionada por sua base tecnológica robusta, tem um papel crucial no equilíbrio dos mercados globais, especialmente em tempos de crise, como guerras e pandemias.
Portanto, a nossa EMBRAPA também exerce uma importância estratégica no contexto geopolítico mundial ao posicionar o Brasil como um ator chave no cenário global de segurança alimentar e desenvolvimento sustentável. Através de suas inovações tecnológicas, como o melhoramento de culturas adaptadas ao clima tropical e a criação de sistemas de produção agrícola eficientes, a EMBRAPA contribui para a inserção do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Isso fortalece a posição do país em negociações internacionais e em fóruns multilaterais, onde a questão da segurança alimentar é cada vez mais relevante, especialmente diante da crescente demanda global por alimentos. Além disso, a atuação da EMBRAPA na diversificação da matriz agrícola brasileira e no desenvolvimento de práticas mais sustentáveis ajuda a reduzir a vulnerabilidade do Brasil a pressões externas, como flutuações nos preços internacionais de commodities ou dependência de tecnologias de outros países. Assim, a EMBRAPA não apenas fortalece a soberania alimentar interna, mas também amplifica a influência do Brasil no jogo geopolítico global, projetando o país como uma potência agrícola responsável e inovadora.
(*) YALE SABO MENDES é Juiz de Direito e Engenheiro Agrônomo, Pós Graduado em várias áreas do Direito e em Solos, e Mestrando em Ciência Política, nascido e criado na região médio norte (República Diamantinense) do nosso querido Estado de Mato Grosso.
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