A conexão de Carter com a música, especialmente o gospel e o rock and roll, era mais do que apenas uma alegria pessoal, mas sim o reflexo de sua visão de mundo.
A música lhe serviu como consolo e estratégia, unindo os norte-americanos de todas as regiões, raças e preferências políticas. Carter usou-a como uma ferramenta poderosa para incorporar e promover sua visão de unidade e direitos humanos.
Em 1975, Carter não era inicialmente muito conhecido fora da Geórgia, e um apoio da banda de rock Allman Brothers Band, cerca de três meses antes das primárias de Iowa, ajudou a divulgar sua candidatura, especialmente entre os jovens norte-americanos.
Carter ganhou a presidência em 1976 e foi empossado em 1977. O astro de filmes de faroeste John Wayne discursou no baile inaugural.
Paul Simon e Aretha Franklin cantaram na cerimônia, na qual havia uma sensação de que a América precisava se curar em conjunto. Não só por meio da música, mas também por meio da unificação de republicanos e democratas.
Nesse período, o vencedor do Prêmio Nobel da Paz também ficou grande amigo de Bob Dylan, de quem era assumidamente fã e citava trechos de suas canções nos discursos.
"Foi a primeira vez que percebi que minhas músicas tinham alcançado, basicamente, o establishment", falou Dylan em raríssima entrevista ao documentário. "Eu não tinha experiência naquele reino, então isso me deixou um pouco desconfortável. Ele Carter me deixou tranquilo ao não falar mal de mim e me mostrar que ele tinha uma apreciação sincera pelas músicas que eu havia escrito", acrescentou.
O filme ainda traz a curiosa história de quando Willie Nelson, outro amigo ilustre de Carter, fumou maconha na Casa Branca - fato que coroou Nelson como um dos fumantes de erva e pró-legalização mais famosos do mundo.
(Com Agência Estado)
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