Leandro de Souza, conhecido como o homem mais tatuado do Brasil, revelou que se converteu à igreja evangélica. Por isso, o fotógrafo de 35 anos decidiu remover todas as tattoos feitas no rosto. Com 95% do corpo tatuado, o processo pode ser dolorido e demorado, afirmam experts.
Leandro viajou de Bagé, no Rio Grande do Sul, até São Paulo, para iniciar a remoção das tatuagens a laser. A primeira sessão ocorreu em abril de 2024 e a segunda neste mês. A ideia é que ele passe por oito sessões, a cada três meses, para poder remover todas as artes. O processo deve durar em torno de 2 anos.
Ao Metrópoles, a dermatologista Paula Luz Stocco explica que o laser para remoção de tatuagem age “quebrando” a tintura na pele, fazendo com que o corpo metabolize e elimine o pigmento. No caso de Leandro, são necessárias muitas sessões para remover todas as tattoos espalhadas pelo corpo.
“A cor conta muito. Muitas vezes, os pigmentos pretos acabam sendo mais fáceis de serem removidos, enquanto os pigmentos semelhantes à cor da pele, como tons alaranjados ou amarelados, podem se transformar em outras cores. É um processo que a gente não tem muito controle para saber que cor irá se transformar.”
De acordo com a profissional, a remoção da tatuagem vem acompanhada de uma reação inflamatória durante a metabolização e destruição do pigmento. “As sessões de laser causam desconforto, como ardência e calor. No entanto, é possível amenizar com analgésicos e anestésicos.
É POSSÍVEL FAZER A REMOÇÃO TOTAL DAS TATUAGENS?
Michele Nishioka, fisioterapeuta dermatofuncional, afirma que é possível remover completamente a tatuagem, mas a quantidade de sessões depende de alguns fatores, como cor e profundidade da tatuagem. Os pigmentos mais escuros, assim como as tattoos mais profundas, demandam mais sessões, por exemplo.
“Fazemos uma avaliação completa da tatuagem e da pele do paciente. Isso inclui examinar o tamanho, as cores da tinta, a profundidade da aplicação e o tipo de pele. Essa avaliação é crucial para escolher o tipo de laser mais adequado para o tratamento”, explica Michele.
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