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Política Domingo, 08 de Maio de 2022, 18:00 - A | A

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Domingo, 08 de Maio de 2022, 18h:00 - A | A

IGREJA COM PARTIDO

Utilizar templos religiosos para fazer política é crime eleitoral, avalia analista político

Analista avalia eventos com participação do presidente Jair Bolsonaro e fala de pastor contra Lula

ALEXANDRA LOPES

A visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Cuiabá para participar de ‘motociata’ e de uma série de eventos religiosos em 19 de abril ainda tem dado o que falar. Acusado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de abusar de poder político e de fazer campanha extemporânea no período em que deveria estar trabalhando, Bolsonaro tem ao seu lado líderes religiosos que, de dentro dos próprios templos, chamam Lula de “laço do diabo”.

O PT protocolou ação contra o pastor e presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), José Wellington Costa Júnior, responsável pela organização de evento religioso que trouxe o presidente. No processo, ajuízado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sigla alegou ocorrência de propaganda eleitoral antecipada.

Na Capital, Bolsonaro prestigiou a 45ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Durante o evento, Bolsonaro discursou em tom político.

LEIA MAIS: PT protocola ação contra pastor da Assembleia de Deus e presidente por atos em visita a Cuiabá

Reprodução

João Edison

 

Ao HNT, o analista político João Edison avalia que, no ponto de vista político, este tipo de agenda se caracterizaria, sim, como crime eleitoral, além de destacar que Jesus Cristo no Novo Testamento já repudiava misturar interesses/negócios e religiões.

Conforme noticiou o Jornal “Estadão”, de São Paulo, nesta sexta-feira (6), José Wellington Costa Junior, em uma pregação, sem citar diretamente o nome de Lula, referiu-se ao pré-candidato dessa forma.

"É laço do diabo. Não adianta ficar em cima do muro, não. Ou é ou não é. Ou somos pelos preceitos morais, ou somos contra o aborto, ou somos contra a miséria que estão pregando aí, essa ideologia de gênero, ou nós vamos colocar a nossa posição diante do Senhor Jesus e da Igreja de Deus”, falou o evangélico, em reunião de obreiros na segunda-feira (2).

Coordenador-geral da Campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso, o empresário Reinaldo Morais, mais conhecido como Rei do Porco, afirmou que o chefe do Planalto deverá voltar a Mato Grosso no mês de junho para participar da 'Marcha para Jesus', evento evangélico que tem como uma das igrejas organizadoras a Comunidade Nação Para Cristo, da qual Reinaldo faz parte e tem uma filha pastora.

“As pessoas das igrejas esquecem de ler o Novo Testamento. Em João 2:15-16, que traz o trecho: não façais da casa de meu Pai uma casa de negócio. Jesus expulsa os vendilhões dos templos, o que eram os vendilhões? Eram justamente políticos, que faziam politicagem nos templos. O espaço das igrejas, as reuniões espirituais são dados ao sagrado, ao divino, não às atividades profanas do Estado. É muito perigoso”, avaliou João Edison.

“Quem mistura religião e política são os fundamentalistas, são as bases mais radicais que existem. No islamismo, por exemplo, tem várias vertentes. Os mais radicais faziam isso. Se depender desse pessoal, se eles tomaram o poder ou se ficarem no poder, provavelmente, vão expulsar do país, querer prender, perseguir todos aqueles que não cultua os mesmos hábitos e as mesmas rotinas”, completou o analista.

IGREJA COM PARTIDO

O analista ainda criticou as pessoas que defendem a escola sem partido, mas, ao mesmo tempo, apresentam-se como pessoas de igrejas com partido. “É absurdo isso, por isso que defende o analfabetismo, ataca a educação, ataca a cultura, porque quanto mais ignorante as pessoas, mais fácil convencer nas igrejas”, emendou.

“No ponto de vista político, não deixa de ser crime eleitoral, porque eu estou utilizando uma forma de convencimento, o que está sendo feito é uma campanha antecipada e utilizando dos piores argumentos possíveis, que a utilização do medo, como ambos os lados não têm escrúpulos, nós entramos na terra do vale tudo. Vale tudo pela eleição porque são pessoas que visam utilizar o Estado a seu favor, são ganhos meramente econômicos, não existe nenhum fator espiritual, tanto os que fazem, tanto os que condenam”, finalizou o analista.

 

 

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JOSSY SOARES 09/05/2022

Muita gente boa fala do que conhece. A igreja, como denominação evangélica, e tem natureza jurídica de organização religiosa. Algo muito próximo de uma associação religiosa que congrega pessoas que têm em comum os princípios que a norteiam. Como tal, tem seus princípios, filosofia de vida e defendo uma base de fé que se esboça numa cosmovisão através da qual vive e pratica os atos da vida em geral isso inclui artes, educação, saúde e filosofia política. Não nada de errado em a igreja se posicionar sobre tais princípios e visão de mundo. Este direito é dado a ela assim como às demais associações, com também sindicatos, associações de classe, dente outros. A Igreja tem o direito de aconselhar seus membros a não votar em candidatos que contrariem os princípios cristãos que são sua razão de existir. Afinal de contas, tais as pessoas se tornam seus membros por querer e defender esses princípios. Negar esse direito a uma igreja é agir com parcialidade e direcionamento do debate. É querer negar aos cristãos seu posicionamento cívico e político. O que não se pode é fazer campanha eleitoral fora da legalidade. O que no caso da visita do Presidente não se evidenciou tal, pois o mesmo participou de um culto como qualquer outra autoridade pública pode fazê-lo. Ainda mais o Presidente que é o Chefe de Estado.

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Carlos Nunes 09/05/2022

Pois é, há aqueles que colocam o Bom DEUS na frente...e aqueles que não acreditam nem em DEUS, porque até hoje procuram a prova científica de que DEUS existe. Enquanto eles procuram...o Bom DEUS age. O Bom DEUS tem que vir sempre em primeiro lugar, é o que diz o mandamento: amarás a DEUS sobre todas as coisas. Não tem nada mais importante que DEUS. Como dizia um dos caras mais honesto do Brasil, Dr. ENÉAS (meu nome é Enéas): "A Política é um grande ideal"...A Política atual é uma aberração, ninguém sabe mais quem é quem, com um bando de lobos disfarçados de cordeiros Na Lava Jato vários foram desmascarados por delatores, que apontavam e diziam: Esse? Pediu propina também. Aí mais uma máscara caiu. Até tio Palocci, duas vezes Ministro, abriu o bico e contou estórias. Na dúvida, coloca um Detector de Mentiras no tio Palocci, e pede pra ele repetir tudo de novo.

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Carlos Nunes 09/05/2022

Pois é, é melhor perguntar pros milhões de Católicos, Evangélicos, Espíritas, Mulçumanos, Budistas, Umbandistas, etc. O Que eles acham do ABORTO, da Liberação das Drogas...e se eles votarão em algum candidato que defenda isso? Como são terminantemente contra, o candidato defensor disso, e de outras porcarias, já perdeu a eleição.

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Liberman lopes 08/05/2022

Interessante as analises politicas dos Doutores de plantao, no dia 1 de maio os sindicatos do Estado de Sao Paulo cometeram crime eleitoral com propaganda eleitoral extemporanea e ainda com um agravante, foi financiada pela Prefeitura do SP, e os analistas se calam, o STF hoje se tornou um partido politico de militancia canhota e os analistas nada falam. Tempos estranhos.

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Edmar Roberto Prandini 08/05/2022

O articulista João Edison elaborou um argumento interessante, mas com algumas impropriedades. Mas, a mais importante delas é tratar radicalismo como se fosse fanatismo. Os dois conceitos possuem conteúdos diferentes entre si, ainda que seja possível classificar alguns fanatismos como radicalismo. Entretanto, nem toda radicalização tem como fundamento um pensamento fanatizado. A radicalização refere-se mais à estratégia de enfrentamento da luta política, na defesa de posições assentadas sobre raízes teóricas bem formuladas enquanto que o fanatismo refere-se essencialmente à ausência de raízes teóricas suficientemente lúcidas a lastrear as propostas defendidas. Por exemplo: a política econômica do Governo Bolsonaro, conduzida pelo Ministro Paulo Guedes, é fanaticamente defensora do neoliberalismo, perspectiva que a crise dos bancos americanos, em 2008/2009 já demonstrou sobejamente ser absolutamente insuficiente para apoiar o desenvolvimento econômico dos países, mormente enquanto defende-se a necessidade da sustentabilidade ambiental. Em além disso, nem todo fanatismo é baseado em argumentos religiosos. É bom que se preserve também o sentido do que é um argumento religioso: a maioria deles é muito oponente dos fanatismos.

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Jose 08/05/2022

Olhe quem é esse analista político...veja suas raízes...sua formação e orientações ideológica... Há muita diferença entre escola sem partido e uma "igreja" com partido. Desde a forma de se ensinar até a formação de quem ensina.

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6 comentários

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