Uma conversa com Carlos Lupi, comandante nacional do PDT, nesta quinta-feira (31), em Brasília, irá definir os rumos do presidente da legenda em Mato Grosso, deputado estadual Allan Kardec. Se permanecer na agremiação, o parlamentar, que não conseguiu viabilizar os 25 nomes para concorrer à Assembleia Legislativa, deve se lançar a federal e reforçar a campanha de Ciro no Estado.
À imprensa, Kardec afirmou que atualmente seu grupo político possui entre 10 e 15 nomes para concorrer a estadual e dois para federal e que, se obtiver garantias reais de Lupi, poderá convergir todos os pré-candidatos para disputar a Câmara Federal, que é numericamente mais fácil.
“Se ficarmos aqui no PDT, vamos concentrar na chapa de federal", ressaltou, ao mencionar as mudanças que promoveu nos quatro anos em que esteve na presidência do partido em Mato Grosso. Entre os avanços, destaca-se o aumento de 40 para 68 vereadores, de dois para nove vice-prefeitos e de três para oito gestores municipais.
Com a saída do vice-governador Otaviano Pivetta, Allan é o único político com mandato em nível estadual na agremiação.
Em caso de não obter garantias da direção nacional, Kardec e seu grupo devem migrar para outra legenda. Ele confirma que recebeu convite do MDB, mas deixa claro sua preferência pelo PSB, alegando maior proximidade ideológica com a sigla, mesmo pesando contra ele o fato de a agremiação indicar o vice de Lula para presidência do Brasil.
“O PSB de Mato Grosso votou contra a federação e o presidente [Max Russi] é eleitor declarado do Ciro”, afirmou.
A única certeza política que o deputado Allan Kardec tem, até o momento, é o seu apoio à candidatura de Ciro no Estado que, segundo ele, deve ampliar sua votação para cerca de 200 mil votos. “Farei a campanha do Ciro em Mato Grosso independente se eu for candidato ou não, se eu estiver no PDT ou não. É um compromisso de vida que eu tenho, então, eu estou muito tranquilo com relação a isso”, concluiu Allan.
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