O presidente da associação de moradores do Pedra 90, Baiano, se desentendeu com o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), menos de duas semanas após se envolver em confusão com assessor da vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade). Baiano questionou as ações do prefeito e até o fato de Abilio ter ido à Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Chapada dos Guimarães (a 65 km da Capital) ao ter uma crise de ansiedade neste domingo (26).
Dois vídeos do momento vazaram nas redes sociais. No primeiro, o prefeito aparece saindo do local e dispara: “Baiano não manda mais nada aqui”.
Em outro registro, mais elaborado, produzido pela assessoria de Abilio, o prefeito fica frente a frente com Baiano, mas não aumenta o tom. Depois de ouvir as críticas, o ignora e continua atendendo um grupo de moradores e fazendo fotos. Baiano o acompanha, seguindo as provocações. Abilio rebate.
"Está esperneando porque a mamata acabou. Oito anos puxando saco do Emanuel e acabou a mamata", falou o prefeito.
O Pedra 90 é um dos bairros que estão no centro das ações de mandato de Abilio. Na última semana, o prefeito intensificou as fiscalizações à UPA do Pedra 90, alvo de reclamações pela superlotação e começou a usar as câmeras de segurança para monitorar a atuação dos funcionários.
LÍDER DE BAIRRO NEGA QUE O INTIMIDOU
O HNT entrou em contato por telefone com Baiano. Ele negou que tenha provocado o prefeito. Segundo ele, o prefeito estava passando na sua rua quando ele estava estacionando o carro. Baiano aproximou e começou a conversar com o prefeito sobre a UPA e Policlínica. O líder de bairro disse que não aceitaria que o prefeito fechasse as unidades para reforma, à exemplo do que foi feito na gestão Emanuel Pinheiro (MDB). Foi nesse momento, conforme Baiano, que os dois começaram a se desentender.
"Falei para o Abilio que ele precisa parar de passear e fazer o trabalho de prefeito. Ele precisa cuidar de Cuiabá, as pessoas estão morrendo na UPA, tudo cheio", disse Baiano.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Cuiabá, mas eles disseram que não iriam se manifestar.
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