O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta quinta-feira (17) que o senador Wellington Fagundes (PL) estaria cavando a própria sepultura política ao se reaproximar do governador Mauro Mendes (DEM).
Fagundes participou na quarta-feira (16) da entrega, pelo governo estadual, de 74 máquinas e equipamentos rodoviários para municípios, consórcios e associações. Na oportunidade, teceu elogios à gestão do democrata, afirmando que Mendes "consertou" o estado e tem realizado um importante trabalho, principalmente na área da infraestrutura.
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O gesto foi visto como uma clara reaproximação entre Mendes e Fagundes, que já foram fortes aliados no passado, quando eram filiados ao PR. O distanciamento começou quando Mauro Mendes deixou o partido para ir para o PSB, à época liderado pelo deputado federal Valternir Pereira (MDB). Em 2016, Mendes deixou de disputar a reeleição à prefeitura de Cuiabá e Fagundes apoiou Emanuel Pinheiro. Mas a separação entre os dois se consolidou mesmo em 2018, quando Mendes e Fagundes se enfrentaram nas urnas como candidatos ao cargo de governador de Mato Grosso.
Para Emanuel, no entanto, o senador escolheu uma estratégia errada na tentativa de se manter com mandato eletivo. "Na minha opinião, eu acho que se o Wellington estiver fazendo isso, está cavando a sepultura dele. Cada um define seu destino. Eu acho que ele não tem espaço nenhum lá, mas essa é uma decisão dele, é uma visão dele", avalia o emedebista.
Apesar da crítica, Emanuel afirma que a movimentação dos políticos e dos partidos neste ano pré-eleitoral faz parte do jogo. Disse ainda que, se Fagundes mudar de lado, em nada será alterado o projeto que ele pretende criar e defender para o MDB e seus aliados, como alternativa à candidatura de Mendes à reeleição.
"Isso é da articulação política. Mas não muda em nada o nosso projeto e a articulação que estamos fazendo de apresentar, de construir um novo modelo de gestão para Mato Grosso”, declarou o prefeito.
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