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Política Quarta-feira, 12 de Março de 2025, 18:18 - A | A

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Quarta-feira, 12 de Março de 2025, 18h:18 - A | A

PENDURICALHOS

Câmara de Tangará revoga auxílio de R$ 5 mil para vereadores após protestos

Menos de 24 horas após o Legislativo aprovar por projeto de resolução por unanimidade, a mesa diretora manifestou que a matéria será arquivada devido "incompreensões" que "inflamaram a sociedade"

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

A Câmara de Tangará da Serra (241 km de Cuiabá) informou, por meio de nota, nesta quarta-feira (12), que irá revogar o projeto de resolução 1/2025 que determinou a criação do auxílio saúde e alimentação para os vereadores no valor de R$ 5 mil. De acordo com o texto, os 14 vereadores alegaram que a proposta não foi compreendida e sua essência foi "distorcida", "inflamando parte da sociedade". O arquivamento foi anunciado em menos de 24 horas da aprovação por unanimidade dos "penduricalhos" aos parlamentares. 

LEIA MAIS: Câmara de Tangará da Serra aprova auxílio de R$ 5 mil para vereadores em meio a protestos

"(...) diante da falta de compreensão por parte de uma parcela da população, esta Casa de Leis reconsidera o projeto e irá propor sua revogação, atendendo à vontade popular", pontua trecho da nota. 

O pagamento do auxílio demandaria cerca R$ 840 mil anualmente. Os vereadores destacaram que o benefício não seria custeado pela Prefeitura, mas com o duodécimo, orçamento da Câmara. O documento também reforça que a Parlamento não faz uso de toda a receita e retorna as "sobras" ao Executivo. De acordo com levantamento dos vereadores, mais de R$ 4 milhões foram repassados a Prefeitura de Tangará. 

"A Câmara já devolveu, ao longo dos anos, mais de 4 milhões de reais à administração pública municipal. Além disso, queremos esclarecer que o projeto referente aos auxílios dos vereadores é custeado exclusivamente pelo orçamento do Poder Legislativo, sem impactar em nada o orçamento da Prefeitura e sem afetar áreas essenciais como saúde, educação, obras e outros serviços públicos. Caso houvesse qualquer impacto negativo, seríamos todos contrários a esse projeto, que sequer existiria nessas circunstâncias", explicaram. 

A votação do auxílio saúde movimentou a Câmara nas duas últimas semanas, primeiro com a votação do requerimento especial que livrou o projeto de ser debatido nas comissões e depois na deliberação do plenário. As sessões ordinárias estavam cheias e o presidente da Câmara, Edmilson Porfirio (Podemos), chegou a pedir a intervenção da segurança.

"Buscamos esclarecer a origem dos recursos, porém, algumas narrativas criadas distorceram as informações e inflamaram parte da sociedade de forma equivocada, gerando incompreensões sobre o tema. Reafirmamos que esta sempre foi e continuará sendo a casa do povo", registraram. 

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