O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que a isenção de impostos a um grupo de alimentos, anunciada pelo presidente Lula (PT), não será capaz de conter a inflação. Lula se comprometeu a zerar os tributos do azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão, café, carnes e açúcar. Para Mauro, o governo federal não está fazendo a "lição de casa", validando medidas paliativas, enquanto insiste em gastar mais do poderia, contribuindo com o aumento da dívida pública. Balanço do Tesouro Nacional aponta que em janeiro deste ano o estoque da dívida atingiu R$ 7,3 trilhões.
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"O que está causando inflação alta não é isso. Se eu reduzir 1%, não é isso que vai mudar o valor dos alimentos no Estado de Mato Grosso. Os alimentos estão caros no Brasil porque os juros estão caros, porque o dólar está caro, porque a inflação está fugindo ao controle, porque o governo federal, infelizmente, não fez a lição de casa. O governo federal, infelizmente, está gastando mais e não é de agora não, isso já é de muitos anos. A verdade tem que ser dita porque os números estão aí para serem observados", falou o governador nesta terça-feira (11).
Mendes lembrou a situação econômica de Mato Grosso quando assumiu o governo em 2019. De forma ácida, ele disse que não fez "gracinha" como parte dos políticos e "foi trabalhar".
"Tivemos vários problemas no início, mas hoje nós temos um Estado equilibrado, que paga suas contas em dia, que não pega dinheiro emprestado para ficar pagando juros de dívida ou pagando dívida. Nós pegamos dinheiro para fazer investimento. Somos o Estado brasileiro que mais investe hoje no Brasil, já estamos no quarto ano consecutivo investindo próximo de 20%", disparou o governador.
O corte de tributos foi uma reação do governo as críticas da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) após a suspensão do Plano Safra. Os deputados federais e senadores apontaram que Lula não dialogava com o setor de alimentos, definindo sanções que impactavam o segmento de forma negativa. Como protesto, a FPA cortou relações com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). O ministro buscou empresários do setor para ouvir as demandas e encaminhou para Lula a proposta.
Mauro Mendes entende que a medida é emergencial e a longo prazo não será capaz de impedir novas escaladas de preços.
"Nós temos que fazer o dever, nós temos que cuidar das contas públicas, porque se o governo federal tivesse feito isso, não estaria precisando fazer esse tipo de coisa, que, ao meu ver, não vai resolver", finalizou.
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