A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), declarou que, caso os vereadores decidam transferir a sede da Câmara Municipal para o prédio onde funcionava o Fórum da cidade, será necessário dividir o espaço com a Guarda Municipal. Moretti explicou que o Executivo decidiu realocar os agentes de segurança para as antigas instalações do Ministério Público, mas ressaltou que a mudança não poderá ocorrer de imediato. Isso porque o imóvel foi depredado por moradores de rua e precisa passar por reformas antes de ser utilizado.
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"Eles podem fazer a mudança da forma que for possível, mas de forma compartilhada com a Guarda Municipal pois eles ainda estão no imóvel. Só vou poder retirar a Guarda após a reforma do antigo prédio do Ministério Público. Deixaram abandonado, fechado, foi prejudicada a parte elétrica, louças. Moradores de rua depredaram o imóvel e temos que reformar. Isso tem um custo e tem que fazer um processo de contratação", detalhou a prefeita à Rádio Cultura nesta terça-feira (11).
Para Flávia autorizar a Câmara a sair da Aveniza Alzira Santana houve uma verdadeira queda de braço entre os Poderes, agravando o impasse entre o presidente do Legislativo, Wanderley Cerqueira (MDB), com a gestão da prefeita.
A princípio, Moretti se manteve contrária. Os vereadores cruzaram os braços para os pedidos encaminhados pelo Executivo municipal e derrubaram vetos de Moretti, à exemplo da "Lei do Diploma" que exige a comprovação de curso no Ensino Superior para assumir cargos no alto escalão da Prefeitura. A lei foi à sanção, mas Flávia se recusou a assinar. Quando retornou à Câmara, Wanderley promulgou a lei, resultando na saída do esposo da prefeita, Carlos Alberto de Araújo, do posto de secretário Municipal de Assuntos Estratégicos.
Após a forte pressão do Legislativo, Flávia revisou sua posição e cedeu, liberando a mudança. Para amenizar o desentendimento com os vereadores, a prefeita justificou que o ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) havia autorizado a troca de prédio por meio de decreto e ela só faria isso por meio de lei.
"Kalil tinha feito um decreto, mas cessão de ente público é por lei. Revoguei (o decreto) pra fazer da forma por lei", disse.
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