O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), minimizou o impacto da ausência das cuidadoras de alunos com deficiência (CADs) na volta às aulas. Segundo ele, o contingente de profissionais que pediu demissão é de, no máximo, 70, não justificando o volume de reclamações das mães e pais dos estudantes. Abilio afirmou que a secretária Municipal de Educação, Solange Dias, está empenhada em uma força-tarefa para contornar os pedidos de demissão.
"Muitas CADs não quiseram continuar trabalhando. Isso é discricionário da CAD, é decisão dela. A empresa contratou mais de mil, mas muitas não quiseram dar continuidade, arrumaram outro trabalho e não quiseram continuar na função. De mil, praticamente, 60 a 70, serão substituídas pois não quiseram retornar, menos de 10% das cuidadoras contratadas não quiseram retornar às atividades", falou Abilio Brunini à imprensa na Câmara, nesta terça-feira (11).
As CADs são terceirizadas. A empresa responsável pelas contratações é a Bem-Estar. Abilio não escondeu que o salário é baixo, uma vez que a licitação é baseada no menor preço.
As trabalhadoras protestaram em janeiro por melhoria nas condições de trabalho. O prefeito não se opôs, mas explicou que para fazer um repasse além do acordado é preciso que haja uma determinação judicial.
"A outra empresa tinha o mesmo problema. O assédio moral tem que ser avaliado. Se for a questão, represente no Ministério Público, ele autorizando pagar mais, a gente paga. O que não podemos é pagar mais agora pois é feito pelo menor preço e há essas consequências na terceirização dos serviços. Se pudesse pagar mais para as pessoas e contratar por valores melhores, a gente pagaria", concluiu Abilio.
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