O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) deixa a prefeitura por 14 dias, a partir do dia 15 de março. Nas férias, Pinheiro, ao lado do ex-deputado Nilson Leitão (PSDB), devem construir candidatura ao governo do Estado. Durante live nesta terça-feira (8), o prefeito não confirmou que lançará seu nome, mas fez duras críticas ao atual governador, Mauro Mendes (UB), de quem é inimigo político.
“Eu não consigo ficar na minha zona de conforto porque mexer com Mato Grosso é mexer com Cuiabá. Escolheram um péssimo governante para Mato Grosso. Manter o que está aí é trair Cuiabá, é jogar contra Cuiabá”, disparou.
Durante a transmissão ao vivo, Emanuel também disse que o projeto político só será construído porque o senador Wellington Fagundes (PL), que vinha sendo cotado como adversário de Mendes na corrida ao Paiaguás, confirmou que não tem interesse em concorrer ao cargo de governador. Desde o último ano, Fagundes tem se firmado como candidato à reeleição.
“Apesar de ser um balde de água fria para uma plêiade de políticos que não aguenta mais ver o estado de arrogância, de desprezo e perseguição, de retrocesso reinante no Estado de Mato Grosso e de muita injustiça econômica e social, nós não podemos encarar esse quadro de forma acovardada”, disse.
A proposta é que, durante esses 14 dias, Emanuel e Leitão dialoguem com lideranças políticas de todo o Estado, buscando a melhor solução para o impasse, já que o nome de Wellington, consenso entre os principais opositores de Mendes, não será viável. O prefeito, por outro lado, ressaltou que também quer dialogar com a população.
“O maior motivo para eu não ser candidato a governador do Estado é Cuiabá, mas o maior motivo para eu ser candidato a governador do Estado, é Cuiabá. Não podemos entregar o Estado na mão de aventureiros, descompromissados. Não consigo aceitar”, afirmou.
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