O deputado federal Nelson Barbudo (PL) defendeu a extinção do modelo de trabalho a partir da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a implementação do estilo adotado nos Estados Unidos (EUA) em que colaboradores não têm vínculo com o empregador e são remunerados pelas horas de serviço prestado. Contrário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6x1 de autoria da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), Barbudo está entre os seis parlamentares da bancada de Mato Grosso que não assinaram o requerimento para a matéria começar a ser discutida no Congresso Nacional.
"Vamos acabar com a CLT, vamos acabar com tudo no Brasil... horas trabalhadas igual é nos Estados Unidos", disparou o deputado federal em sua participação no HNT TV.
Ao podcast do Hipernotícias, que exibe o primeiro episódio da sua nova temporada nesta sexta-feira (15), Barbudo pontuou que alterar a jornada atual de seis dias trabalhados e dois de descanso, para quatro trabalhados e três de descanso, implicará no corte de salários e na alta dos preços dos produtos, uma vez que os empresários terão de repassar aos consumidores o aumento dos gastos com novas contratações para cobrir os turnos.
"Isso vai aumentar o custo das empresas. Você tem 10 funcionários, vai ter que arrumar 20", observou. "As empresas terão prejuízo e vão aumentar o preço das mercadorias para repassar o custo", completou Nelson.
Para evitar o efeito "bola de neve" na economia do país, o deputado sugere que os conselhos de classe sejam consultados antes que a PEC 6x1 comece a ser votada, questionando qual é a opinião dos trabalhadores, público que será mais afetado, segundo Barbudo.
"Na minha visão, isso não tem condições. Tem que ser discutido com os trabalhadores. Se é que isso vai pra frente, temos que ouvir quem de fato vai ser atingido, que é a classe trabalhadora", opinou.
Para evitar o efeito "bola de neve" na economia do país, o deputado sugere que os conselhos de classe sejam consultados antes que a PEC 6x1 comece a ser votada, questionando qual é a opinião dos trabalhadores, público que será mais afetado, segundo Barbudo.
"Na minha visão, isso não tem condições. Tem que ser discutido com os trabalhadores. Se é que isso vai pra frente, temos que ouvir quem de fato vai ser atingido, que é a classe trabalhadora", opinou.
PECS PARADAS NO CONGRESSO
Duas PECs que apontam na mesma direção da proposta de Erika Hilton estão paradas no Congresso. A primeira é do senador Paulo Paim (PT-RS), estacionada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desde 2015. A segunda PEC foi apresentada em 2019 pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
"Quando chega na CCJ, eles nem colocam pois sabem que ela não vai passar", falou Nelson Barbudo.
SONHO AMERICANO
O deputado de MT disse que muitos brasileiros deixam o país em busca do "sonho americano" e quando chegam nos EUA são submetidos a escalas de até 18 horas de trabalho. No entanto, cumprem os turnos, pois o valor pago por horas trabalhadas é superior aos salários do Brasil. Por isso, ele acredita que o modelo americano seria bem aceito por aqui. Ele usou o exemplo de um imigrante brasileiro que contou sua experiência no exterior à televisão.
"Se eu voltar pro Brasil e trabalhar 18 horas igual eu trabalho na América, eu ganho mais direito do que na América. As pessoas querem ir para a América porque lá é um sonho, elas trabalham 18 horas por dia. Se o brasileiro trabalhar 18 horas por dia, aí ganha dinheiro e sobra dinheiro".
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