O candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), deixou a prisão ao entregar à Polícia Federal comparsas que moravam em Cuiabá e atuavam com ele em uma quadrilha especializada em golpes bancários. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (26), os "parceiros" de Marçal auxiliavam na "operação" das fraudes da capital mato-grossense enquanto o ex-coach selecionava vítimas.
Pablo Marçal tem ganhado a simpatia de deputados federais de Mato Grosso, como Nelson Barbudo e José Medeiros, ambos do PL, alimentando a tensão no partido para que o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), deixe o palanque do atual prefeito que busca a reeleição, Ricardo Nunes (MDB), para apoiá-lo.
A Folha de S. Paulo veiculou destrinchou o processo em que Marçal foi condenado por fraude bancária. Os advogados do ex-coach negociaram um acordo com a PF em 2005. Ao entregar os "parceiros", ele foi liberado. Conforme os autos, os comparsas estavam "operando o esquema" de Cuiabá. Cinco anos depois, em 2010, veio a condenação pelo Tribunal de Justiça.
De acordo com jornal, Marçal fazia a "pesca" de dados das vítimas por email, encaminhando mensagens com anúncios falsos. Ao clicar na mensagem, os alvos eram direcionados para páginas que instalavam "aplicativos espiões" que roubavam números e senhas de contas. Com os dados nas mãos, a quadrilha fazia saques, pedia empréstimos, entre outras transações.
O candidato à prefeitura de SP recebia, à época, cerca de R$ 350 por lista de e-mail, o equivalente a R$ 1 mil com o valor atualizado. A assessoria de Pablo Marçal foi consultada pela reportagem, mas o ex-coach se recusa a comentar sobre o processo que resultou em sua prisão.
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